Clóvis Barbosa solta o verbo e será questionado pelo CRC
Blogs e Colunas | Marcio Rocha 31/01/2017 19h45 - Atualizado em 31/01/2017 19h47O Conselho Regional de Contabilidade (CRC) irá protocolar um pedido de informações, na intenção de saber o que o presidente do Tribunal de Contas de Sergipe (TCE), Clóvis Barbosa, quis dizer ao afirmar para o radialista Gilmar Carvalho que existe um esquema envolvendo prefeituras municipais e escritórios de contabilidade que prestam serviços para as prefeituras municipais sergipanas.
A acusação do presidente é extremamente severa, quando coloca em xeque a atuação dos escritórios, segundo ele dois, que monopolizam a contabilidade das prefeituras do interior de Sergipe. As palavras “molecagem” e “safadeza” compuseram as graves acusações feitas pelo presidente do TCE. De acordo com informações do Conselho Regional de Contabilidade, a presidente da entidade, Angela Dantas, irá questionar o que Clóvis Barbosa quis dizer com essas palavras, sugerindo de forma direta que há um esquema envolvendo as prefeituras e os escritórios, dizendo de forma tácita que há irregularidades nas contabilidades municipais de Sergipe.
Segundo as informações apuradas pela coluna com o Conselho, as palavras do presidente do TCE colocaram em xeque trabalhos realizados há mais de 30 anos por alguns escritórios de contabilidade que trabalham com dedicação exclusiva à administração pública. Ironicamente, o próprio TCE é quem executa as verificações e aprova as contas dos prefeitos, consequentemente, confirma a credibilidade dos escritórios contábeis que prestam assessoria à várias cidades, sem jamais ter questionado os contratos realizados entre as partes. Ou seja, o que sempre foi avaliado como trabalho de eficácia, agora não o é.
Barbosa fez uma revelação que é de alta gravidade. Disse que a prefeitura de Pinhão encaminhou um CD em branco, sem nenhum dado gravado, como prestação de contas do município. Outra informação importante dada por Clóvis Barbosa foi a de que 1.056 cheques foram sacados pelos prefeitos de vários municípios de Sergipe no último dia do exercício do mandato. Segundo ele, aproximadamente 800 cheques sacados poderão levar ex-gestores públicos à cadeia. Ademais, destacou que três municípios apresentaram folhas de pagamento com nomes coincidentes. Ou seja, pessoas lotadas em mais de uma cidade. Isso é crime! Clóvis está vindo com vontade para averiguar essas questões.
Clóvis foi mais além e deu uma dura no prefeito de Aracaju, dizendo que ele deveria administrar a prefeitura de Aracaju. “Ele deixe de falar besteira conversa fiada, e administre a Prefeitura de Aracaju”, disse Clóvis ao ser questionado por Gilmar sobre Edvaldo Nogueira, se referindo ao parcelamento de um salário em 12 vezes para os servidores do município de Aracaju.
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Marcio Rocha é jornalista formado pela UNIT, radialista formado pela UFS e economista formado pela Estácio, especialista em jornalismo econômico e empresarial, especialista em Empreendedorismo pela Universitat de Barcelona, MBA em Assessoria Executiva pela Uninter, com experiência de 23 anos na comunicação sergipana, em rádio, impresso, televisão, online e assessoria de imprensa.
E-mail: jornalistamarciorocha@live.com
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