Carnaval: veterinária alerta sobre uso de glitter, spray e tintas em pet
O uso pode causar alergia e intoxicação nos animais. Som alto também é prejudicial Blogs e Colunas | Coluna de Estimação 28/02/2019 18h22 - Atualizado em 05/03/2019 12h09Tingir o pêlo do seu pet pode até parecer uma ideia fofa, mas pode fazer um mal danado aos bichinhos. As tintas, sprays, gliters e outras invenções diversas, que têm sido bastante usadas nos pets principalmente em épocas do Carnaval e os deixam coloridos, podem causar muito mal à saúde deles, inclusive, com intoxicação e reações alérgicas severas.
Apesar de até haver esses produtos específicos para os pets, muitos veterinários não aconselham o uso. “Os animais podem ter alergia, apresentar alguma dermatite, por conta desses produtos químicos. Por mais que a gente os trate como membros da família, é preciso deixar a natureza deles livre”, diz a médica veterinária Mônica Andrade.
Esses produtos químicos, a exemplo de esmaltes colocados para “embelezar” o pet, são tóxicos e trazem riscos que podem se tornar irreversíveis. “A gente tem que pensar sempre no bem-estar animal, no que é melhor para eles – se pode não fazer bem, é melhor evitar o uso”, orienta Andrade.
Usar adereços e fantasias são as melhores alternativas para deixar o seu pet pronto para a folia. “Usar uma roupinha, fantasia, enfeitar, uma sainha, aí sim, eles ficam lindos e adoram, não afeta nada a eles”, considera.
Bloquinhos de rua
Cair na folia do Carnaval é divertidíssimo para quem gosta, mas para os nossos bichinhos pode ser uma tortura. A aglomeração de pessoas, sem contar o som alto das músicas carnavalescas em bloquinhos de rua, causam estresse, ansiedade, irritação e muito incômodo. Por isso, também é melhor evitar.
“Um local calmo é melhor. De preferência brincar o carnaval em casa, sem muito barulho e tirar eles da proximidade de som alto. Isso provoca dor ao ouvido, eles ouvem dez vezes mais que o ser humano. Aos meus pacientes, aconselho fazer algo mais reservado, em casa, com cães que já tenha convívio, que eles se divertem bem mais”, ressalta a veterinária.
Bloquinhos de carnaval, especialmente para cães, estão na moda e têm ganhado gosto dos tutores, mas a veterinária também alerta para este tipo de brincadeira.
“Tem cão que não gosta desse alvoroço, alguns passam mal, adoecem, chegam em casa vomitando. É preciso conhecer a personalidade do seu cão, como ele vai reagir, se gosta de estar no meio de outros cães a esse nível, se é sociável. Tem cães que realmente gosta de folia, de brincar, precisa gastar energia, mas tem outros que são mais reservados, que ficam extremamente incomodados, principalmente cães mais idosos”, revela Mônica.
Além disso, também é preciso estar atento à saúde dos pets para evitar que eles se contaminem com doenças diante a proximidade de outros animais.
“Você não sabe se outros que estão no local têm alguma doença, virose, se estão vacinados, vermifugados. Existe uma série de fatores em termo de patologias que podem acometer no seu animal, inclusive através das fezes. Antes de tudo, deve usar coleira contra pulga e carrapato. É algo que tem que ser muito bem pensada e planejado pelo tutor antes de levá-lo”, completa a veterinária.
Quer fazer uma festinha para eles? Então, reúna os pets mais chegados, aqueles que o seu filhote adoram brincar. Sem som alto, crie algumas brincadeiras, como corridas, desvio de obstáculos, tipo “agility”. “Eles vão aproveitar muito mais encontros desse nível do que andando atrás de trio com bloquinho no meio da rua”, completa.
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Fernanda Araújo é formada em Comunicação Social – Jornalismo pela UNIT, pós-graduada em MBA Marketing, Assessoria e Comunicação Integrada pela FANESE. Já trabalhou como assessora de comunicação em sindicato de classe, e atualmente, é repórter no Portal F5 News. Premiada em primeiro lugar no Prêmio João Ribeiro de Divulgação Científica da Fapitec, na categoria web jornalismo, em 2018.
E-mail: fernandaaraujo.jornalismo@gmail.com
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