Os candidatos ao governo de Sergipe tiveram, na noite desta quinta-feira (15), o primeiro confronto direto em um debate, promovido pela TV ITNet, em Itabaiana. Além das críticas sobre posicionamentos de padrinhos políticos e apoios, a corrupção, a saúde estadual e a segurança pública foram os temas que dominaram a maior parte das falas.

Participaram do debate os candidatos Alessandro Vieira (PSDB), Fábio Mitidieri (PSD), Niully Campos (PSOL), Rogério Carvalho (PT) e Valmir de Francisquinho (PL).

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Inelegível, Valmir de Francisquinho, atual líder nas pesquisas, e Fábio Mitidieri, apoiado pelo governador Belivaldo Chagas (PSD), foram os principais alvos durante os embates. O candidato governista afirmou reiteradas vezes que não pode ser “responsabilizado pelos erros do passado” e que, se eleito, pretende governar “olhando para o horizonte”. 

O ex-prefeito de Itabaiana tentou se esquivar na primeira rodada de respostas sobre a corrupção e, nos outros momentos em que foi questionado sobre a condenação da Justiça Eleitoral que retirou seus direitos políticos por abuso do poder, Valmir manteve o discurso de que estaria sendo vítima de “perseguição política e injustiça”. Já Alessandro respondeu que "corrupção mata. Não adianta propaganda, (a gente) necessita de prática."

O candidato Rogério Carvalho também foi insistentemente questionado sobre polêmicas da sua gestão à frente da saúde estadual e o voto no chamado ‘orçamento secreto’. Nas respostas, o petista esboçou certo nervosismo e insistiu em dizer que as afirmações não são verdadeiras, mas com poucos elementos de contraponto. 

A pandemia da covid-19 foi citada somente em uma pergunta, já ao final, ainda assim de maneira indireta. A educação, a fome e a geração de emprego e renda também foram tópicos abordados pelos candidatos de maneira pontual. 

Já o tema da segurança pública teve um espaço maior durante o debate. As discussões sobre as polícias (Civil e Militar), o pagamento do adicional de periculosidade e o uso da tecnologia para o monitoramento de ocorrências em tempo real foram colocadas pelos candidatos como propostas.

"Ainda sobre segurança, também vamos melhorar a infraestrutura das polícias, sobretudo no interior do estado. Também vamos promover maior integração entre as polícias civil e militar", disse Rogério.

Quanto à saúde, a defesa pelo piso da enfermagem foi mencionada por Niully Campos, que também defendeu a valorização do SUS e a priorização da mulher. "Saúde é feita de gente”, disse.

A criação de centros de diagnósticos acoplados aos hospitais regionais foi a solução que Rogério Carvalho apontou para diminuir as filas. Fábio Mitidieri também comentou sobre regionalizar a saúde para o interior do estado como uma proposta de sua chapa.

"Nós precisamos também ampliar a residência médica no Estado, porque hoje faltam especialistas em determinadas áreas da saúde. Nós precisamos cuidar também da saúde mental dos médicos, dos profissionais da saúde que sofreram durante e após a pandemia", disse Mitidieri.

Essa bandeira também foi levantada por Valmir de Francisquinho, que recorreu várias vezes à sua gestão na cidade serrana como exemplo. Alessandro Vieira aproveitou o tema para tecer críticas ao atual governo, citando dentre os exemplos, o fato das obras do Hospital do Câncer não terem sido concluídas.