Grupo Imbuaça faz turnê pelo Nordeste com espetáculo A Grande Serpente
Entretenimento 12/03/2014 19h45Por Sílvio Oliveira
O grupo sergipano de teatro Imbuaça abre a programação de apresentações deste ano com a reestreia do espetáculo “A Grande Serpente”. O primeiro palco foi o Barracão dos Clowns de Shakespeare, na cidade de Natal (RN), na noite do domingo passado (09). A caravana de artistas segue para João Pessoa e Campina Grande (PB), Recife e Caruaru (PE) e Maceió (AL).
A turnê exclusiva de “A Grande Serpente” está sendo possível graças ao “Projeto Nor-Destinos”, que conquistou o edital “Prêmio Myriam Muniz/2013”, da Funarte.
O ator Lindolfo Amaral, que faz parte do elenco, afirmou que a estreia foi tensa, como qualquer outra, mas analisa que o público de Natal recebeu o espetáculo muito bem. Lindolfo estreou no papel de dois personagens: “Arão” e “Cantador Misterioso”, este último, segundo o ator, um personagem leve, engraçado e divertido.
Em cena, A Grande Serpente conta com Lidhiane Lima, Iradilson Bispo, Manoel Cerqueira, Rosi Moura, Talita Calixto, Késsia Mécya e Carlos Wilker. A iluminação é realizada por Denys Leão e a contrarregragem por Ari Pereira. A produção é do Grupo Imbuaça, coordenada por Lindolfo Amaral. O texto é do potiguar Racine Santos e a direção é assinada pelo seu conterrâneo João Marcelino.
Nordeste em cena
Em “A Grande Serpente”, a história acontece em uma pequena cidade isolada pela quentura da caatinga, governada por um líder ganancioso e habitada por um povo humilde e cheio de superstições. O texto, segundo Racine, tem características do surrealismo, às vezes, do teatro absurdo e do realismo fantástico, já que no ambiente retratado a vida só é possível por causa de um poço, um generoso veio de água que garante a subsistência dos moradores daquele local. A encenação, em forma circular, aproxima o público, esquentando ainda mais a estética do espetáculo.
Grupo Imbuaça
Fundado em 28 de agosto de 1977, o Grupo Imbuaça – nome que homenageia um artista popular, o embolador Mané Imbuaça – é fruto de oficinas realizadas em Aracaju, principalmente a de teatro de rua ministrada por Benvindo Siqueira a partir da sua experiência no “Teatro Livre da Bahia” em Salvador.
Reconhecido como uma Associação de Utilidade Pública Municipal, Estadual e pelo Conselho Estadual de Cultura, o grupo tem procurado ao longo da sua história criar um envolvimento com a comunidade do bairro Santo Antônio - local onde fica sua sede - e adjacências. Para tanto, mantem três projetos sociais: Zabumbadores do Folclore, Mané Preto e Nosso Palco é a Rua
No currículo, o Imbuaça traz importantes conquistas conferindo-lhe uma posição de referência como um dos grupos de teatro de rua mais antigos do Brasil. Passou por mais de 500 cidades dos 25 estados brasileiros e por quase todos os 75 municípios sergipanos. Esteve também em Portugal, Equador e México.
Fotos: Grupo Imbuaça
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