Conheça a história do Stonehenge, o misterioso círculo de pedras
Entretenimento 05/07/2015 08h00“Stonehenge” é um dos mais importantes monumentos da pré-história européia, e sempre foi considerado pelos visitantes como uma das maravilhas da Grã-Bretanha. O monumento que se vê hoje em dia, são as ruínas de um templo que foi utilizado por aproximadamente 3500 anos. Durante séculos especulou-se sobre as finalidades dessa estrutura, sendo associada a personagens tão variados como Merlin, o mago do rei Arthur, os druidas e Apolo, o deus do sol.
Especulações à parte, os estudos nos dizem que essa formidável estrutura, formada por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter cinco metros de altura e a pesar quase cinquenta toneladas, foi construída em três períodos distintos:
O chamado Período I (c. 3100 a.C.), quando o monumento não passava de uma simples vala circular com 97,54 metros de diâmetro, dispondo de uma única entrada. Internamente erguia-se um banco de pedras e um santuário de madeira. Cinquenta e seis furos externos ao seu perímetro continham restos humanos cremados. O círculo estava alinhado com o pôr do Sol do último dia do Inverno, e com as fases da Lua.
Durante o chamado Período II (c. 2150 a.C.) deu-se a realocação do santuário de madeira, a construção de dois círculos de pedras azuis (coloridas com um matiz azulado), o alargamento da entrada, a construção de uma avenida de entrada marcada por valas paralelas alinhadas com o Sol nascente do primeiro dia do Verão, e a construção do círculo externo, com 35 pedras que pesavam toneladas. As altas pedras azuis, que pesam quatro toneladas, foram transportadas das montanhas de Gales a cerca de 24 quilômetros ao Norte.
No chamado Período III (c. 2075 a.C.), as pedras azuis foram derrubadas e as pedras de grandes dimensões (megálitos) – ainda no local – foram erguidas. Estas pedras, medindo em média 5,49 metros de altura e pesando cerca de 25 toneladas cada, foram transportadas do Norte por 19 quilômetros. Entre 1500 a.C. e 1100 a.C., aproximadamente sessenta das pedras azuis foram restauradas e erguidas em um círculo interno, com outras dezenove, colocadas em forma ferradura, também dentro do círculo.
Um moderno exame feito com laser mostrou como Stonehenge foi construído para salientar a dramática transição do sol por esse círculo de pedras no início do verão e do inverno. As pedras foram posicionadas para terem sua melhor aparência ao alvorecer do dia mais longo do ano, e ao entardecer do dia mais curto, segundo o escaneamento feito por autoridades britânicas do patrimônio histórico. O exame tridimensional mostrou que as pedras a nordeste eram cuidadosamente trabalhadas para ficarem mais lisas e elegantes do que as outras colunas, criando um espetáculo mais impressionante desse ângulo.
Segundo dados mais recentes, obtidos por arqueólogos chefiados por Mike Parker Pearson, Stonehenge está relacionada com a existência do povoado Durrington. Este povoado formado por algumas dezenas de casas construídas entre 2600 a.C. e 2500 a.C., situado em Durrington Walls, perto de Salisbury, é considerada a maior aldeia neolítica do Reino Unido. Segundo os arqueólogos foi aí encontrada uma espécie de réplica de Stonehenge, em madeira.
A equipe de Mike Parker Pearson acredita que Stonehenge foi construído para os ancestrais, que era um monumento de pedra para abrigar os espíritos dos mortos. As novas escavações revelam que ele era ligado por grandes avenidas, destinadas a procissões, a outro grande círculo, construído em madeira – que representaria o mundo dos vivos. Nos dias mais longos e mais curtos do ano, ambos os monumentos se alinham de modo incrível no nascer e no pôr-do-sol.
Outros pesquisadores revelaram as habilidades matemáticas extraordinárias e a sofisticação da engenharia que os primitivos europeus desenvolveram, antes mesmo das culturas egípcia e mesopotâmica. Dois mil anos antes da formulação do teorema de Pitágoras, constatou-se que os construtores de Stonehenge incorporavam conhecimentos matemáticos como o conceito e o valor do {pi} (Pi) em seus círculos de pedra.
A explicação científica para a construção está no ponto em que o monumento tenha sido concebido para que um observador em seu interior possa determinar, com exatidão, a ocorrência de datas significativas como solstícios e equinócios, eventos celestes que anunciam as mudanças de estação. Para isto basta se posicionar adequadamente entre os mais de 70 blocos de arenito que o compunham e observar-se na direção certa.
Só fica uma dúvida… tanto conhecimento científico e matemático apenas para erguer um templo? Hoje mal conseguimos erguer com nossos guindastes pedras como essas, de 50 toneladas. E nenhum construtor moderno conseguiu replicar construções deste tipo, ou mesmo maias, incas ou egípcias, por absoluta falta de precisão e maquinário adequado… Então como naquela época realizaram tal façanha, e qual seu real propósito?
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