Artista italiano apresenta a público sergipano acervo de obras
Entretenimento 04/07/2014 15h30Expondo pela primeira vez no Brasil, o artista italiano Filippo Garrone apresenta ao público sergipano o acervo de obras construídas ao longo de seus quatro anos fixando residência no País. A exposição “Somos Multidimensionais” será inaugurada no dia 16 de julho, a partir das 19h, na Galeria Zé de Dome (Rua José de Dome nº 61 B, Bairro Farolândia). O tema central da obra de Garrone é sempre a exploração do inconsciente. Aperfeiçoando técnicas que vão sendo sobrepostas numa tela especialmente projetada para seu trabalho, ele consegue transmitir uma sensação de inquietação mental no público. Cores fortes, temas ligando o ser humano físico e o seu lado psicológico, num contexto amplo que pode envolver a natureza ou até mesmo o espaço físico onde estamos habitando.
“Com o tempo e a experiência de pintar, hoje consigo concluir uma obra em 30 dias. Antes esse processo era muito desgastante, pois passava até oito meses focado num quadro, porém, depois percebi que isto deixava a tela sofrida, não passava a verdade da obra, ficava apenas a coisa técnica. Atualmente consigo me desapegar do quadro com mais facilidade, o que me permite construir outras obras.”, explica Filippo, que complementa pontuando que era preciso coragem pra se desapegar da imagem que ele queria transmitir. “Chega uma hora em que a obra pede para ser acabada. O artista compreender isso e partir pra próxima é uma sabedoria que só o tempo proporciona”.
Bebendo da fonte de grandes artistas italianos como Claudio Martinengo e Aurelio Caminati, Filippo Garrone mantém o ritual de pintar pelo dia, pois prefere a luz do sol para enxergar com exatidão as nuances milimetricamente pensadas para cada cor. Para a exposição “Somos Multidimensionais”, ele reservará obras em tela plastificada, papel e PVC, em diferentes tamanhos. “A inspiração não tem data ou hora para acontecer. A ideia pode surgir de uma folha caída no chão até algo que eu leia no jornal. Minha arte é um espelho, mas não sei se a arte é pra ser libertadora realmente, algo que transforme o outro a partir dela. O mundo real tem limites morais, já a arte não tem limites, vai além da realidade.”, contextualiza.
Vida
Filippo Garrone tem 49 anos e começou a pintar aos 21, quando morava em Gênova e trabalhava também como marchand, negociando arte de outros artistas. Na época, seu ateliê era dentro de um moinho do século 15, numa área afastada do centro urbano, dando ao artista a exatidão do universo infinito ao redor dele como parâmetro para sua arte. Porém o amor pela flora brasileira o vez cruzar o oceano em busca de conhecimento. Em 1999 ele veio para a região norte brasileira, mais precisamente no coração da Floresta Amazônica e se embrenhou pela mata até se parar numa comunidade indígena bem simples, onde demorava um dia e meio de barco para se chegar. Conheceu um Brasil que muitos brasileiros nem sabem que existe. Como gosta de contar, saiu da Itália como aquelas pessoas que “dizem que querem se encontrar e partem para a Índia”, porém a escolha de Filippo foi pela América do Sul. Após sucessivas viagens ao Brasil conheceu uma sergipana e se casou, com ela teve três filhos (tendo um nascido na Itália e dois no Brasil). Após o casamento ainda tentou morar na Itália, mas já estava se sentindo nativo demais para deixar o Brasil pra trás. “A verdade é que eu gosto daqui”.
Exposições individuais Fevereiro '96 - '; Anarquista Dream' - editado por Paul Levi, textos de Marco Rosci, catálogo e Elede. Gall. Arx - Torino Giugno'97 - Semana Cultura Italiana 'videoperformance' - Jeddah - Arábia Saudita Junho '97 - Gall. Arx - Rapallo Outubro 97 - Origem Galeria - Co-Kerry Irlanda Outubro 98 - O Sheela E CONCERTOS CONCERTOS - Origem Galeria - Dublin Março '00 - Gall. Zona Zip - Paris Abril '00 - "Eu sou o Infinito" - editado por S. Galliani, texto Viana Conti - Studio Ghiglione, Genoa. Julho '00 - 'Duets' - com curadoria de Achille Bonito Oliva - Retratos e intervenções A. acústico Liberovici - Orestiadi Fundação Gibellina. 01 de março - one man show de arte contemporânea museu - dublin Junho '01 - "BIG MAC" ... remix - colaboração musical de instalação no co 'Theatre delSuono' - Museo d'Arte Contemporanea di Villa Croce, Genoa Junho '01 - "mundos paralelos" - Tinaio dos humilhados, Alexandria, Catálogo Outubro 2003 Aboriginal Gallery Milan Setembro 2006 Gallery mama Milan Abril 2008 "Neonirico" Museu de Campomorone, textos e catálogo com curadoria de Luca Beatrice Festival de Ciência 2008 - Genova, Oratório de São Felipe "não cem mil" - instalação interativa - música de Andrea Liberovici
Direção de Arte Julho 93 - Veneza Piazza San Marco - Realize com Claudio Martinengo define por três balés (Sleeping Beauty, Ravel Virski, Don Quixote) Julho 98 - Spoleto Festival - Perceber os conjuntos de Macbeth Remix, Andrea Liberovici e Edoardo Sanguineti Outubro 98 - Fonda com Andrea Liberovici Ottavia Fusco eo 'Theatre of Sound' Abril '00 - Desenhos de cena para '64 'com Serena Nono e Salis & Vitangeli - Concerto para a memória e os atores em 64 minutos, 64 pinturas e 64 seqüências - A. Liberovici - Paris, RadioFrance Junho de 2001 - "Cenas para seis peronaggi.com" letra de E. Sanguineti, dirigido A.Liberovici
Exposições (como integrante) Dezembro '91 - Segmentos - Gall. Jardins Sauli Genoa Dezembro '93 - Coletivo Jardins Sauli Genoa Artefiera '93 - Bologna Gall. Jardins Sauli - Catálogo por Paul Levi Abril 96 - Duelo Arte - Cassano d'Adda Gall. Arx - Catálogo Artissima '96 - Gall. Arx Turim Dezembro '97 - Coletivo Gall.Rotta Genoa Janeiro '97 - Arte Fiera Bologna Gall. rota Maio 98 - Feira de Arte Barcelona Gall. rota Julho 99 - 18/23 de julho Museu Nacional de Dublin - Catálogo Agosto '99 - Balliskelligs - Co.Kerry Irlanda Junho de 2009 - Museu Palácio da Bolsa-Génova, Catálogo por Alice Camisulli
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