Usina termoelétrica deve ser implantada até 2020 em Sergipe
Porto de Sergipe I vai investir R$ 3,3 bi e gerar mil empregos diretos Economia 04/05/2015 13h45Sergipe deverá abrigar uma usina termoelétrica. A Usina Porto de Sergipe I vai produzir 1,5 megawatts (MW), metade da produção da Usina Hidrelétrica de Xingó e vai empregar mil técnicos e operários na fase de construção. O investimento é de R$ 3,3 bilhões e o prazo para que ela comece a produzir energia é em 2020.
Na quinta-feira (30) da semana passada, o estado foi o vencedor de um leilão com um consórcio formado para implantar a primeira - e maior de todas - de três usinas. Um dia antes, o governador Jackson Barreto reuniu-se no Ministério das Minas e Energia, em Brasília, para eliminar entraves burocráticos que ameaçavam a não participação dos projetos de Sergipe no leilão A-5 para a venda de energia.
“Sergipe corria o risco de ficar de fora do leilão por uma firula burocrática. Não podíamos permitir. Temos compromisso com o futuro de Sergipe. Esse investimento chega de cara gerando mil empregos imediatos. Ele vai injetar milhões em recursos na nossa economia e trazer mais uma matriz de energia para Sergipe, gerando um importante ciclo virtuoso que vai possibilitar a atração de empresas satélites e a perspectiva real de haver um grande investimento na produção do gás natural em nosso estado para alimentar as usinas e toda uma cadeia industrial. São muitas coisas boas. Fico muito feliz em ter contribuído com o sucesso deste processo” disse o governador Jackson Barreto.
Em entrevista após o resultado do leilão, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, disse que o Brasil está vivendo um esgotamento do potencial hidrelétrico. A segurança energética do país vai depender cada vez mais da implantação de outras fontes de energia como a termoelétrica.
Jackson Barreto lembrou que Sergipe, apesar de ser o menor estado da Federação em termos territoriais, é um estado que possui uma das maiores quantidades de matrizes energéticas do país.
“Aqui temos energia hidroelétrica, petróleo, gás, etanol, biomassa, energia eólica e agora a termoelétrica. Aliado aos investimentos em infraestrutura que foram e estão sendo feitos pelo Governo do Estado e o nosso programa de incentivos ao desenvolvimento industrial poderemos estar iniciando um novo ciclo de industrialização de Sergipe nunca antes visto. Estamos preparados e é bom para os investidores saberem que energia não vai faltar”, disse o governador.
Na reunião da última quarta-feira no Ministério, em Brasília, o governador ouviu dos técnicos que com a implantação das usinas termoelétricas abre-se a perspectiva de altos investimentos na prospecção, produção e distribuição de gás natural para abastecer as usinas e o mercado de um modo geral. “Sergipe irá se tornar o maior produtor de gás natural do Brasil nos próximos quatro anos” disse na reunião com o governador Jackson Barreto, o secretário de Petróleo, Gás e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida.
No segundo semestre haverá mais um leilão A-5, e mais duas usinas termoelétricas poderão ser instaladas em Sergipe. “O Ministério das Minas e Energia sabe que o país precisa desta energia para ser entregue até 2020. É uma prioridade” garantiu Marco Antônio Martins.
Na reunião no Ministério de Minas e Energia o governador Jackson Barreto discutiu ainda dois temas caros para Sergipe. Ele cobrou que o Ministério interceda junto a Vale para que ela cumpra a promessa de colocar o projeto Carnalita em avaliação no seu conselho de administração e a continuidade dos investimentos da Petrobras em Sergipe.
“Termoelétricas, Carnalita e investimentos da Petrobras. Não vou descansar até termos isso tudo garantido e os investimentos sendo colocados em prática. Disso depende o futuro do nosso estado e não dá para tergiversar quando estão em jogo assuntos tão sérios. Sergipe terá um governador atento, atuante e cobrador. Não darei trégua”, disse Jackson Barreto.
*Com informações da Agência Sergipe
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