Sealba Show e exportação do milho mostram potência do Agro no Nordeste
Primeiras exportações de Sergipe em 2023 saíram do Terminal Marítimo Inácio Barbosa Economia 27/02/2023 21h00Mais formas de escoar a produção e grandes eventos como Sealba Show consolidam o agro sergipano nacionalmente e reforçam o potencial agrícola da região. Com uma produção três vezes maior em relação ao ano anterior, o produtor rural Anderson Júnior, segue com boas expectativas para produção do milho em Sergipe.
“Vivemos um grande momento para a produção de milho, enquanto em outros estados do Nordeste o produtor ainda vivencia problemas de insegurança e êxodo rural, aqui temos a valorização da atividade agropecuária, com mais segurança no campo, realização de eventos como o Sealba Show que mostram a potencialidade do nosso setor, e agora, a crescente exportação do milho, abrindo possibilidades no mercado do grão”, explica o produtor Anderson Júnior.
O milho é o principal produto agrícola de Sergipe. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grão representa 52% da produção agrícola, assim, o estado é reconhecido como um dos principais produtores de milho do Nordeste. Em 2022, a produção estimada foi de cerca de 890 mil toneladas, 17,5% maior que no ano anterior. O produtor Anderson segue com boas expectativas para a próxima safra, já que houve redução do preço dos insumos e as condições climáticas têm sido favoráveis para a cultura do grão.
Segundo a Federação de Agricultura e Pecuária de Sergipe, alguns fatores levam ao crescimento da produção de milho no estado.
Atendendo a uma solicitação da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergip (Faese), desde 2019 o Governo de Sergipe reduziu a alíquota do ICMS de 12% para 2%. Além das ações de defesa do produtor rural, o Sistema Faese/Senar leva o conhecimento e a consequente transformação no campo, com a capacitação dos profissionais e produtores rurais.
A realização do Sealba Show, foi outro grande investimento da Faese para impulsionar e encorajar o produtor da região, destacando o estado a nível nacional. “O Sealba Show mostrou a força de Sergipe para toda a região Nordeste, trouxemos para perto dos produtores, tecnologia e novas alternativas para o campo, grandes máquinas e soluções que aumentam a produtividade no campo e movimentam a economia de toda a região Sealba”, ressalta o presidente do Sistema Faese/ Senar, Ivan Sobral.
O Sealba Show realizado no início de fevereiro deste ano consolida uma tendência de alto potencial agrícola para região do Sealba, identificada por meio de estudos de inteligência territorial da Embrapa Tabuleiros Costeiros. Segundo o Chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Marcus Cruz o nível de conhecimento público que a região alcançou se deve muito à organização do setor produtivo e ao surgimento de uma feira que já nasceu grande e com presença de atores dos três estados.
“Esse salto de produção e produtividade se deu graças à dedicação de agricultores abnegados, aliada ao apoio da pesquisa e assistência públicas, da articulação institucional e do mercado de insumos”, reforça o Chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros.
Exportação do milho sergipano
“Os últimos quatro anos foram muito bons para o produtor de milho em Sergipe, tivemos mais acesso a empréstimos, redução de alíquota para 2%, e eventos como o Sealba Show, que facilitam o acesso à tecnologia e nos preparamos para o plantio que se aproxima. Com a notícia de exportação, é mais uma opção de comprador e escoamento da produção”, explica satisfeito o produtor de milho.
A região Sealba exportou nos meses de janeiro e fevereiro, 60 mil toneladas de milho sendo parte para o mercado sul-americano e outra para a África, 52% desse volume é milho produzido no Agreste de Sergipe, nos municípios de Itabaiana, Frei Paulo e Moita Bonita.
As primeiras operações de exportação de milho em 2023 saíram do Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), na Barra dos Coqueiros, Sergipe. A proximidade do terminal com os principais corredores logísticos da região e polos produtores é mais uma vantagem para o escoamento da produção.
Fonte: Faese