Mercado comemora mudança do modelo de meta da inflação
A partir de 2025, ela deixará de ser fixada por ano-calendário e será contínua Economia | Por Metrópoles 29/06/2023 19h00“Com o novo modelo de metas, o país evita excessos de volatilidade no sistema econômico. É um aperfeiçoamento a partir do qual passamos a usar o mesmo tipo de estratégia adotada em diversos países, entre eles, o Reino Unido, um dos pioneiros do regime.” Essa é a opinião do economista Márcio Holland, professor da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP), sobre a mudança do modelo de meta de inflação, promovida nesta quinta-feira (29/6), pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O Brasil adota um fomato de meta definido como “ano-calendário”. Ou seja, o CMN estabelece um patamar para a inflação em determinado ano. Em 2023, por exemplo, ele é de 3,25%. O Banco Central (BC) tem de cumpri-la. Caso não consiga, é obrigado a justificar o porquê do fiasco por meio de uma carta enviada ao Congressso.
A meta contínua, que será adotada a partir de 2025, não fica limitada ao período de um ano. Ela poderá ser adotada num “horizonte relevante”, como dizem os técnicos, para a política monetária – de 18 meses, por exemplo – para que o BC consiga levar a taxa de inflação para o patamar desejado.
O corpo técnico do Fundo Monetário Internacional (FMI), em recente avaliação da política econômica brasileira, havia indicado a superioridade de um arranjo desse tipo, com metas não vinculadas ao ano-calendário.