Fábrica de calçados em Simão Dias gera mais de 1.700 empregos
Dakota produz 22 mil pares de calçados por dia e incorpora uso de novas tecnologias Economia | Por Agência Sergipe 20/10/2023 10h00Além da proteção dos pés, os calçados também refletem o estilo e a personalidade de quem os usa. Com uma ampla variedade de tipos, cores e tamanhos, a indústria calçadista Dakota mantém, desde 2005, uma fábrica em plena atividade no município de Simão Dias, no centro-sul de Sergipe. A fábrica gera, atualmente, 1.757 empregos diretos na imensa estrutura implantada em solo sergipano.
Há 18 anos, a empresa foi atraída para Sergipe pelos benefícios fiscal e locacional ofertados pelo Governo do Estado, por meio do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), executado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise). Com sua instalação, a empresa impulsiona o desenvolvimento local, gerando emprego e renda para a região. Além da unidade em Simão Dias, a Dakota também possui uma filial no município de Poço Verde, também no centro-sul.
“Temos um leque gigante de produtos. Cada coleção possui de 180 a 200 modelos diferentes. Atualmente, produzimos 22 mil pares de calçados por dia, somente nesta unidade de Simão Dias”, conta a gerente administrativa e representante legal da fábrica, Ilvete Dapper. Ela reforça o compromisso com a geração de oportunidades para a comunidade da região. “Priorizamos a mão de obra local. 99% do nosso quadro de funcionários são de pessoas do próprio município”, completa.
Emprego e renda
Tudo começa no recorte dos solados. Morador de Simão Dias, Givaldo dos Santos é funcionário da Dakota há 12 anos e atua como operador de máquinas programáveis de recorte. “Aqui é onde nasce o sapato. Programo a máquina com o tamanho e largura específicos e depois eu a aciono para fazer os recortes. Dessa folha, que chamamos de ‘talão’, são recortados os solados, que depois são levados para a produção, e seguem nas esteiras para costura, montagem até formarem o sapato”, detalha.
Em seguida, os solados seguem para o setor de montagem do calçado. A abastecedora Fabiana da Cruz, que trabalha há nove meses na empresa, é uma das responsáveis pela colocação dos solados na esteira. “A minha função é abrir o ‘talão’, separar as palmilhas das solas e colocar na esteira. Eu costumo falar que aqui é o coração do sapato, o início da montagem”, conta.
A empresa se destaca não apenas pela diversidade de seu catálogo, mas também pelo uso de tecnologia e criatividade em suas produções. “O uso da tecnologia facilita o processo produtivo e não significa perda de mão de obra, porque ela precisa ser operada. Então, o que mudou foi o perfil de entrada dos funcionários”, aponta Ilvete Dapper.
Incentivo
De acordo com o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Valmor Barbosa, o uso das tecnologias pelas empresas geram mais desenvolvimento na região. “Além de gerar emprego e renda nas localidades onde são instaladas, as fábricas fomentam o aprimoramento da mão de obra, pois o uso de tecnologias capacita ainda mais a população sergipana. O desenvolvimento socioeconômico é foco da gestão estadual e é com esse objetivo que existe o PSDI”, indica.
O presidente da Codise, Ronaldo Guimarães, completa que o programa estadual visa gerar emprego, renda e investimento no parque industrial. “A Dakota iniciou sua atividade em Simão Dias há 18 anos por meio dos benefícios fiscal e locacional do PSDI. Após alguns anos, a empresa fez a aquisição do terreno, usufruindo atualmente do benefício fiscal. A finalidade do PSDI é criar melhores condições para que o empresariado venha investir em nosso estado e na nossa mão de obra”, finaliza.