Empresas de mototáxi lucram com manifestações na capital
Proprietário diz que serviço aumentou 70% nestes dias Economia 02/07/2013 15h08Por Fernanda Araujo
Embora o comércio já anuncie prejuízos por causa das manifestações que tomaram a cidade de Aracaju (SE), as empresas de mototáxi vislumbram lucro. Alguns empresários até tiveram que aumentar suas frotas para atender à demanda de clientes. Principalmente, por conta das paralisações dos ônibus e a manifestação Acorda Aracaju, Acorda Brasil, as pessoas optaram por esse serviço.
Proprietário de uma empresa desse segmento, Enevaldo de Almeida afirma que com as manifestações ele viu o serviço ter um aumento de 70%. Para atender à demanda precisou aumentar a frota de 60 motos para 77, mesmo assim, sem conseguir evitar que alguns clientes não sejam atendidos.
“Antes estávamos fazendo 200 corridas diárias, agora nesses dias aumentou para 600. Aí se ver a importância do mototáxi para a clientela”, comemora. Ele afirma ainda que concorrentes com maior número de frotas já estão fazendo 1.500 corridas diárias. E a expectativa já é maior para a manifestação Acorda Aracaju que acontecerá na tarde de hoje (2).
Anteriormente tirando R$ 50,00 ou R$ 60,00 por dia, com essas manifestações alguns mototaxistas estão lucrando R$ 350,00 diariamente. Apesar do lucro, as empresas continuam cobrando o mesmo valor de atendimento. “Em 10 km o cliente paga R$ 6,00, indo do bairro 18 do Forte até o Inácio Barbosa, por exemplo”. Porém, Enevaldo acusa ação de alguns motoqueiros de rua que estão se aproveitando do desespero da população e cobrando o dobro.
Para ele, independente de manifestações, as empresas de mototáxi vêm crescendo não só na capital como em outras cidades, por ser um serviço considerado eficiente, de fácil locomoção e bem mais barato. “O cliente tem a opção de agendar a corrida, temos sistema inovador, sabemos a hora que o cliente solicitou, por qual número de telefone que pediu e deixa na porta de casa”. Além disso, segundo ele, a ineficácia do sistema de ônibus, veículos velhos e funcionários mal pagos, são outros motivos para esse favorecimento.
Na carona das manifestações, as empresas, agora, pretendem reivindicar mais uma vez a regularização desse serviço. Enevaldo acredita que até esta sexta-feira outros proprietários estarão se reunindo para organizar um ato público.
“Não sei por que aqui ainda não é regularizado. O mototaxista não pode usar a farda da empresa porque a SMTT está batendo de frente. Algumas autoridades já foram procuradas para tentar resolver essa situação, mas alguns que tem interesses particulares não procuram regularizar. Mesmo sendo um serviço relevante para a população e que supre necessidades, pais de família vivem disso”, completa.
Foto: divulgação da SMTT
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