Em abril, Cesta básica teve aumento de 3,07% em Aracaju | F5 News - Sergipe Atualizado

Em abril, Cesta básica teve aumento de 3,07% em Aracaju
Óleo de soja e pão francês foram os produtos que mais aumentaram
Economia 08/05/2015 11h42


Por Will Rodrigues

Em abril, o conjunto dos 12 produtos que compõem a cesta básica de Aracaju registrou inflação de 3,07%, de acordo com pesquisa mensal divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O óleo de soja (11,07%) e o pão francês (8,75%) foram os produtos que mais contribuíram para a alta no preço da cesta básica em Aracaju. Depois deles, os produtos que ficaram mais caro foram o feijão (5,23%), a banana (4,29%) e o café (3,05%).  

O tomate também apresentou uma elevação de 2,05%. Segundo o Dieese, a crise hídrica do início do ano prejudicou a colheita do tomate. Além disso, há possibilidade de não irrigação suficiente das lavouras de inverno, por conta do volume dos reservatórios. Estes fatores podem explicar o movimento altista do produto. Apenas o arroz sofreu queda no preço durante o mês passado em Aracaju. A redução foi de 1,91%.

Os Aracajuanos pagaram R$ 281,61 pelo conjunto de produtos alimentícios. Em março o valor médio apresentado foi de R$ 273,21. Este ano a cesta já teve uma variação de 14,62% na capital.

No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta básica teve alta de 18,30% em Aracaju. A carne bovina foi o produto com maior inflação. Houve um aumento de 32,55% segundo o Dieese, em função da exportação elevada e baixa oferta de animais para abate, devido aos altos custos de reposição, afetando a oferta da carne no varejo.

Cesta X Salário Mínimo

Em abril de 2015, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 94 horas e 28 minutos, cerca de duas horas e meia a mais do que o de março, quando a jornada era de 91 horas e 59 minutos. Em abril de 2014, a jornada exigida era maior, 95 horas e 36 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em abril deste ano, 46,68% dos vencimentos para adquirir os mesmos produtos que, em março, demandavam 45,44%. Em abril de 2014, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta equivalia a 47,23%.

Com base na Constituição, que determina que o salário mínimo deve suprir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência, o Dieese calcula que o mínimo ideal, em abril, deveria ser R$ 3.251,61. O valor corresponde a 4,13 vezes o mínimo oficial (R$ 788).

Em março, o salário mínimo necessário correspondeu a R$ 3.186,92. Em abril do ano passado, o valor necessário para atender às despesas de uma família era R$ 3.019,07 ou 4,17 vezes o mínimo em vigor à época (R$ 724).

*Com informações do Dieese

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