UFS reconhece que burlou sistema de cotas raciais em concursos públicos
Universidade firmou acordo judicial com MPF e terá de destinar 41 vagas a candidatos negros Cotidiano | Por Metrópoles 09/10/2024 14h31 - Atualizado em 09/10/2024 15h17A Universidade Federal de Sergipe (UFS) reconheceu que burlou o sistema de cotas raciais em concursos públicos e deixou de aprovar 41 candidatos negros como professores efetivos de 2014 a 2019. A UFS firmou na semana passada um acordo judicial com o Ministério Público Federal (MPF), que está em análise pela Justiça.
O acordo foi assinado no âmbito de um processo movido pelo MPF contra a universidade no ano passado. Segundo o MPF, a UFS agiu ilegalmente ao fracionar as vagas para os concursos de professores efetivos, em uma tentativa de não aplicar a cota de 20% das vagas para candidatos negros. Esse artifício irregular foi usado pela universidade em 30 dos 32 concursos abertos entre 2014 e 2019, segundo o MPF.
“A atuação da universidade causou um prejuízo grave à concretização da ação afirmativa de cotas raciais, já que a instituição de ensino deixou de reservar 41 vagas aos candidatos negros nos editais publicados no período compreendido entre 2014 e 2019”, escreveu a procuradora Martha Carvalho quando processou a UFS.
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