UFS enfrenta problemas que vão das greves à falta de segurança
Reitor acredita que problemas serão resolvidos Cotidiano 28/08/2011 06h00Por Eliene Andrade
Com raríssimas exceções, as universidades estaduais e federais do Brasil enfrentam sérios problemas ligados à falta de recursos ou à má gestão. A Universidade Federal de Sergipe (UFS), por exemplo, tem enfrentado greves e movimentos estudantis que visam mudar a situação. De acordo com o reitor da UFS, Josué Modesto dos Passos Subrinho, as questões estão sendo resolvidas. Ele afirma que há recursos destinados ao melhoramento da instituição.
Entre os problemas, os mais visíveis são a falta de segurança e a má conservação do patrimônio. Alguns fatores de grande relevância para potencializar essa abordagem foram as ameaças de greve por parte dos professores e servidores, assaltos dentro da instituição, arrombamentos a veículos e problemas estruturais, a exemplo da biblioteca, que está precária. A reportagem do F5News esteve no local e pôde verificar in loco os problemas mencionados, a exemplo do refeitório, que é o campeão de queixas entre os alunos e precisa de melhorias em sua estrutura.
Sintufs
Essas questões também são levantadas pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores da UFS (Sintufs), Edjanária Borges. Para ela, a universidade é uma instituição diferenciada pela função que desempenha que é a formação de pessoas. “A UFS passou por uma crise de oito anos de sucateamento na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Com a expansão que houve após a crise, o cenário da universidade mudou, mas ela não consegue acompanhar como deveria o curso natural, porque se criam vários cursos, mas não dão estrutura. Para a estatística é muito bom por conta do número de vagas, mas em termos de boa estrutura para dar aos alunos não tem”, afirma a presidente ao relembrar do movimento estudantil feito por alunos do curso de comunicação que no início deste mês reivindicaram melhorias na instituição.
Estudantes
Alguns alunos compartilham da mesma opinião que Edjanária. Para eles, a instituição está a quem do que verdadeiramente se propaga em termos te qualidade. Muitos buscam na instituição uma oportunidade de crescimento e de um futuro próspero. Contudo, ao invés disso, encontram deficiências estruturais que os desmotivam. A estudante do curso de Letras, Tauana Inácio, relata que a idéia de estudar em uma universidade federal lhe trazia grandes expectativas em relação ao seu futuro, mas que a realidade a chocou muito.
“É certo que quando pensamos em entrar em uma universidade queremos um futuro melhor, uma vida digna. Entretanto, quando cheguei aqui não tinha professor para algumas matérias, a biblioteca é deficiente e o Resun (restaurante universitário) está precário, um absurdo! Muitas vezes fico com fome porque não tenho coragem para comer lá, nem dinheiro para comer fora”, relatou a estudante que mora no município de Glória e leva cerca de duas horas para chegar à universidade.
Subrinho
Em entrevista ao portal F5news, Josué Modesto, por sua vez, afirmou que a universidade tem um orçamento de R$ 70 milhões para este ano. Verba esta que, segundo ele, está sendo investida no melhoramento dos laboratórios e da biblioteca. “Estamos investimento durante todos esses anos no reequipamento de laboratórios e das bibliotecas que está inserido no Programa Ensino de Qualidade da UFS (Proquali). É um programa que anualmente distribui entre os departamentos, nos núcleos de graduação e pós-graduação, recursos para a reconstituição de seus laboratórios e ampliação do acervo bibliográfico”, explica.
Subrinho garante ainda, que estão sendo construídos novos prédios para laboratórios e unidade departamentais em todos os campi. “Brevemente nós devemos iniciar a ampliação da biblioteca e do restaurante universitário”, disse o reitor, ao ressaltar que há recursos disponíveis e atribui o saldo positivo no orçamento ao apóio de projetos parlamentares. “Com o apóio da nossa bancada temos tido, para o orçamento de 2011, duas emendas parlamentares que foi fundamental. Uma para o campus de Lagarto e outra para a infra-estrutura do campus de São Cristóvão”, diz.
Problema
De acordo com o reitor, o Ministério da Educação (MEC) disponibiliza os recursos para as atividades finais. No entanto, segundo ele, há um problema de infra-estrutura no campus de São Cristóvão, por conta do crescimento que sobrecarrega a infra-estrutura. “É preciso mais linha de distribuição de energia, recuperar o sistema de tratamento de esgoto, aumentar as áreas de estacionamento e de circulação. Esses investimentos são muito custosos, e a forma que tem sido mais eficiente para assegurar esses recursos são as emendas parlamentares. Portanto, os nossos investimentos não concorrem dentro do MEC”, ressalta.
Os investimentos destinados aos setores essenciais como a educação são mínimos. No Brasil existem cerca de 60 universidades públicas, dessas, aproximadamente 15 estão no nordeste. Em Sergipe, especificamente, o quadro não é diferente, uma vez que a única universidade pública do estado, Universidade Federal de Sergipe, passa por constantes crises entre funcionários e alunos conforme abordado anteriormente.
A UFS é a única instituição federal do estado. Sua Fundação ocorreu em 28 de fevereiro de 1967, pelo Decreto-Lei n. 269 e instalada em 15 de maio de 1968, com a incorporação de 06 Escolas Superiores ou Faculdades que ministravam 10 cursos administrados por 05 Faculdades e 05 Institutos. Seu corpo discente evoluiu de 638, no ano da sua criação, para 10.375 até a presente data.
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