Trabalhadores da Força de Segurança se unem e cobram adicional de periculosidade
Ato acontece na porta do Palácio dos Despachos com adesivagem de veículos Cotidiano | Por Laís de Melo 26/04/2021 10h35
O movimento Polícia Unida, composto por nove entidades representativas das categorias das forças de Segurança de Sergipe, realizaram uma manifestação na porta do Palácio dos Despachos, na avenida Adélia Franco, na manhã desta segunda-feira (26) para reivindicar ao governo do Estado o adicional de 40% de periculosidade. Durante o ato as categorias realizaram a adesivagem de veículos, de policiais e também de cidadãos da sociedade civil que apoiam a causa.
De acordo com o presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol), Isaque Cangussu, o adicional de periculosidade é um direito previsto na Constituição Federal e na Constituição Estadual, no entanto, não vem sendo cumprido.
“É preciso que se regulamente esse direito. Não se trata de criar um direito novo, porque ele já está previsto nas Constituições. Nós queremos que o governador Belivaldo Chagas envie um projeto de lei para a Assembleia Legislativa para que esse direito possa ter eficácia”, disse.Os policiais civis e militares vêm cobrando desde o ano de 2019 o pagamento do adicional de periculosidade para a categoria. No entanto, naquele ano, houve uma divergência interna entre agentes, escrivães e delegados, o que, segundo as categorias, fez com o que o governador não dialogasse com elas.
“O que ocorreu nessa época acabou levando a gente a um momento muito ruim, porque o governador usou a grande imprensa dizendo que não trataria especificamente com a categoria, e que era necessário que houvesse a união. Então agora não só atendemos ao governador, como unificamos toda a força de segurança pública de Sergipe, bombeiros militares e todos os policiais civis", diz o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe, Adriano Bandeira.
"Esperamos que o governador tenha sensibilidade para atender esses homens que colocam a vida em risco para defender a sociedade”, reforça.
Segundo o presidente da Única Base Forte, Will Guerreiro, a adesivagem de veículos teve boa adesão. “Agora queremos que o governador receba nosso ofício. Estamos solicitando uma audiência para falarmos da nossa pauta”, disse o representante.Para as categorias, somente o chefe do executivo estadual é capaz de “destravar o processo”. Segundo Isaque Cangussu, o movimento já havia solicitado a audiência com o governador Belivaldo Chagas, no entanto, até o momento a categoria ainda não foi recebida.
“Hoje mais uma vez vamos reiterar esse pedido de audiência porque entendemos que só o governador do Estado pode dar o start para a negociação”, afirma o presidente da Adepol.
F5 News entrou em contato com a Assessoria de Comunicação do Governo de Sergipe, no entanto não obteve resposta até o horário de publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para os esclarecimentos.