SSP detalha operação que desvendou fraudar licitações
Cotidiano 07/06/2011 17h31A Secretaria de Estado da Segurança Pública
(SSP), através do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), detalhou na manhã desta terça-feira, 7, a operação "Castelo de Cartas" que desarticulou uma rede criminosa que fraudava licitações em cidades do interior.As investigações, que contaram com o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), são fruto de uma parceria entre a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual e duraram 14 meses.
No final da manhã desta segunda-feira, 6, a operação foi desencadeada com a participação de 100 agentes civis e delegados de polícia que cumpriram os mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Canindé do São Francisco, Arauá, Malhador, Itabaianinha, Rosário do Catete e Japaratuba. Um policial militar também foi preso pelo Comando de Operações Especiais (COE) da PM.
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"Esse tipo de trabalho comprova que possuímos um departamento organizado e capacitado para investigar crimes dessa envergadura. Os trabalhos dessa operação comprovam, também, a competência do nosso setor de inteligência. Além de combatermos os crimes comuns no dia-a-dia, estamos preparados para reprimir crimes de 'colarinho branco', que prejudicam toda a sociedade, desviando recursos que certamente seriam investidos na saúde e educação por exemplo", destacou a superintendente da Polícia Civil , Katarina Feitoza.
Foram presos: Adilson Farias Pardo, Adonias Costa Lisboa, Agenor A B Santos, Alfredo de B da Cruz, Anderson Matias da Silva, André Vieira de Melo, Jurandir Alves Bessa Filho
Michel Anderson c Casas, Osvaldo Pardo Casas Neto, Paula Azevedo Aquino, Paulo Cesar O Souza, Sebastião Nabuco D'Ávila filho, José Thiago de Carvalho, Maria Rosenilde Barreto, Cosme Carlos dos Santos, Valdeito Alves de Jesus, Vanessa Menezes Bigi.
O inquérito policial foi instaurado mediante requisição do Ministério Público Estadual da Comarca do município de Japaratuba, distrito da cidade de Pirambu, em virtude da vasta documentação apreendida por ocasião da intervenção ocorrida lá no ano de 2007. “Na ocasião apreendemos diversos documentos, cartas convites e várias licitações e diante dos indícios de crimes encaminhamos para uma análise mais aprofundada. O inquérito foi instaurado em abril de 2007 e de lá pra cá tudo foi analisado criteriosamente", explicou a diretora do Deotap, Danielle Garcia, acompanhada de perto pela também delegada do Deotap, Nádia Flausino.
O inquérito objetivou apurar fraudes em licitações especialmente em cartas convites realizadas inicialmente no município de Pirambu e como as investigações cresceram e tomaram um rumo maior a polícia e o MP verificaram que há indícios de fraudes em vários municípios sergipanos . “Algumas vezes com envolvimentos de gestores públicos e outros com envolvimento de comissões e outros gestores", complementou Danielle Garcia.
Durante a coletiva um dos representantes do Ministério Público, promotor Paulo José, ressaltou a sintonia das instituições envolvidas. "Aqui temos a prova de que todos desprovidos de vaidades pessoais e munidos de um senso comum se uniram para proporcionar a Sergipe uma sociedade melhor. Parabéns a todos pela empolgação e sintonia no trabalho de apuração e investigação que culminou com a deflagração dessa operação que foi um sucesso", destacou Paulo José.
Para o representante da Polícia Federal em Sergipe, delegado Marcos Custódio, o bom relacionamento entre a PF e a SSP vem rendendo bons trabalhos no Estado. "A PF e a SSP vem construindo um grande relacionamento, possibilitando bons trabalhos. Fico feliz, vejo as instituições trabalhando em parceria e com isso o Estado e a população só tem a ganhar. Com relação a esse caso, começamos um trabalho em janeiro de 2011 na cidade de Brejo Grande, quando constatamos que a rede criminosa se estendia por vários municípios", salientou Custódio.
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