Saiba a origem da fama de Santo Antônio como casamenteiro
Um dos mais populares santos do mundo, ele é cercado de devoção e superstição Cotidiano | Por F5 News 13/06/2023 16h16Nesta terça-feira (13), logo após a data que homenageia os namorados, é celebrado o Dia de Santo Antônio. O santo é considerado um dos mais populares do mundo. No Brasil e em Sergipe não seria diferente.
No país, há pelo menos 105 cidades, em 10 estados, que têm Santo Antônio como padroeiro e fizeram de seu dia um feriado. Em Sergipe, é o caso, por exemplo, do município de Itabaiana, no agreste.
Entre diversas alcunhas, uma das mais conhecidas sobre ele, e que rende diversas superstições e simpatias, é a de “santo casamenteiro”. Mas, como Santo Antônio ganhou essa fama? A que se deve isso? Senta que lá vem história.
Entre Lisboa e Pádua
Santo Antônio nasceu em Lisboa, em Portugal, em uma data que não é exata. Porém, segundo o Vaticano, é muito provável que tenha sido no final da década de 1180. Ele foi batizado com o nome Fernando de Bulhões.
Ele entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho aos 19 anos, em Coimbra, Portugal. Aos 29 anos tornou-se sacerdote e fez boa parte de sua trajetória na Itália.
Ele morreu com aproximadamente 40 anos, novamente, a data não é exata, em Pádua, na Itália. Por isso, ele é conhecido também como Santo Antônio de Pádua, além de Santo Antônio de Lisboa.
Canonizado em 30 de maio de 1232, teoricamente menos de um ano após a própria morte, foi alvo do processo de canonização tido como o mais rápido da história dos santos lusófonos. No ano de 1946, o Papa Pio XII o proclamou “doutor da Igreja”, com o título de ‘Doctor Evangelicus’ (Doutor Evangélico).
“Santo casamenteiro”
Santo Antônio, ao lado de São João e São Pedro, é especialmente lembrado no Brasil durante o chamado ciclo junino, já que os três têm seus dias comemorados pela Igreja Católica no mês de junho. Santo Antônio se destaca por uma peculiaridade de atrair devotos e supersticiosos que têm um objetivo: casar.
Segundo o responsável pelo Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), o Frei Marx, Santo Antônio ganhou esse apelido após se destacar em auxiliar algumas mulheres que viviam em seu período que não conseguiam se casar, pois não tinham o dote necessário. Assim, o Santo dava condições para que essas mulheres pudessem realizar o matrimônio.
Um caso específico que é lembrado pelos pesquisadores do santo é o de uma moça, moradora de Nápoles, na Itália. Segundo a história, ela queria muito se casar, porém seus pais não possuíam dote necessário para arregimentar candidatos a marido. Por conta disso, ela fez uma prece para Santo Antônio.
Assim, o Santo teria aparecido para a jovem e lhe entregue um bilhete. Nele, dizia que a jovem devia procurar um comerciante que iria lhe dar uma quantidade de moedas equivalente ao peso daquele papel.
Então, veio um “milagre”. A moça acabou entregando o bilhete para o comerciante - que acreditou ser insignificante o peso daquele pedaço de papel. Porém, foram necessários 400 escudos de prata para que a balança ficasse em equilíbrio.
Após a situação, o comerciante teria se lembrado que tinha feito uma promessa com o mesmo valor a Santo Antônio, porém não havia cumprido sua parte do trato. Então, o Santo acabou “cobrando” o que ele devia e ainda acabou ajudando a moça a se casar.
De acordo com o Frei Marx, esse gesto do santo mostra que ele não só “arruma casamento”, mas escuta o sofrimento das mulheres que necessitam de um auxílio.
Com informações da Canção Nova