Quatro pessoas são presas em Sergipe após operação contra organização criminosa | F5 News - Sergipe Atualizado

PF e GAECO/SP
Quatro pessoas são presas em Sergipe após operação contra organização criminosa
Operação aconteceu em seis estados também resultou na apreensão de R$ 380 milhões em bens e valores ligados à quadrilha
Cotidiano 17/10/2024 09h58 - Atualizado em 17/10/2024 10h13


Quatro pessoas foram presas em Sergipe na manhã desta quinta-feira (17) após operação policial contra uma quadrilha envolvida em crimes violentos, roubos de cargas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Federal, a ação está acontecendo em seis estados e resultou no bloqueio de R$ 380 milhões em bens e valores ligados aos investigados.

A operação está sendo liderada pela Polícia Federal de Campinas (SP) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado de São Paulo (GAECO/SP). Os alvos da operação são membros de um grupo que atua em várias regiões do país, especialmente no eixo Sudeste-Nordeste, de acordo com a investigação.

No total, são cumpridos 19 mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas, todos expedidos pela 6ª Vara Criminal da Comarca de Campinas. Em Sergipe, de onde são os líderes do grupo criminoso, foram cumpridos 4 mandados de prisão temporária (2 em Aracaju, 1 em São Cristóvão e 1 em Itabaiana), envolvendo 2 homens e 2 mulheres. 

Também foram executados 4 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de documentos, celulares, computadores, objetos de valor e veículos. Entre os itens apreendidos, destacam-se celulares aparentemente banhados a ouro, que serão submetidos à perícia.

Investigação
A investigação iniciou-se no ano de 2022, após ser recebida informação de que o líder de uma organização criminosa atuante em roubo de cargas, na região de Campinas e em diversos estados, especialmente defensivos agrícolas para serem vendidos no estado de MG, já investigado por crimes violentos no Nordeste (Operação Valquíria, 2013, da Polícia Civil em Sergipe) e mandante de crime de homicídio em Ribeirão Preto/SP (11/3/2022), estaria residindo em condomínio de luxo na cidade de Campinas.

Após diligências e investigações superando inúmeras identidades falsas e trocas de endereços, foi identificado e localizado o líder dessa organização criminosa, contra o qual havia um mandado de prisão preventiva, expedido pelo Juízo da 3ª Vara do Foro de Presidente Venceslau/SP, por prática do crime de roubo de carga de defensivos agrícolas, resultando na sua prisão, em Campinas, pela Polícia Federal no dia 24/6/2022.

Na oportunidade, o investigado conduzia uma picape, adquirida em dinheiro em espécie, também com uso de uma de suas identidades falsas, sendo preso em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo.

Na residência dele foi encontrada uma cédula de identidade com a fotografia dele, mas em nome de outrem; um cartão de banco em um nome falso utilizado por um outro integrante da organização criminosa; um jammer (bloqueador de sinal de comunicação utilizado, comumente, por criminosos que roubam veículos, cargas e instituições financeiras); notebook; aparelhos celulares; documentos e veículos.

Diante das apreensões, estruturou-se uma investigação sobre sua organização criminosa e o descortinamento da existência de dois núcleos: (a) o primeiro composto pelos que praticam crimes violentos, como homicídios e roubos de cargas e a instituições financeiras, principalmente na região de Campinas, e o (b) segundo por aqueles que atuam no tráfico de drogas, na receptação e na lavagem de capitais.

Por meio de empresas de fachada, identidades falsas, laranjas e movimentações financeiras fracionadas, a organização criminosa movimentou centenas de milhões de reais para ocultar seus ganhos com os mais diversos crimes.

Os integrantes da organização criminosa respondem a inúmeros processos criminais pelos mais diversos crimes, restando nesta apuração os crimes que demonstram a ligação entre todos: (a) integração de organização criminosa e (b) ocultação de capitais, cujas penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.

Com informações da Polícia Federal.

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