PMA realiza estudo para conter avanço do mar na 13 de Julho
Cotidiano 05/01/2012 15h18O avanço da maré e as fortes ondas que atingem a balaustrada da avenida Beira Mar, na altura da curva do Iate Clube de Aracaju, na Praia 13 de Julho, fizeram com que Prefeitura de Aracaju iniciasse uma série de estudos preventivos para o local. O objetivo é encontrar uma solução definitiva para o problema e garantir a segurança de transeuntes na localidade.
Nos últimos anos, as ondas têm ficado mais fortes, chegando praticamente a invadir a pista de grande movimentação de carros e pedestres, gerando apreensão nos aracajuanos. Diante disso, uma equipe multidisciplinar da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) iniciou estudos para viabilizar uma forma de minimizar os efeitos da maré na Beira Mar.
De acordo com o prefeito Edvaldo Nogueira, enquanto os estudos são efetuados e até que o projeto de obras seja executado, a Prefeitura de Aracaju mantém a realização de ações paliativas. "Constantemente, fazemos a manutenção, um trabalho que visa evitar a erosão, especialmente cimentando a mureta. Imediatamente o risco é pequeno, mas temos que tomar todas as precauções, todos os cuidados, para que possamos não ver nenhum problema grave", explica o prefeito.
Projeto
Segundo o presidente da Emurb, Osvaldo Nascimento, a instituição já vislumbra algumas possibilidades do que deve ser feito na região, e desde logo rejeita a hipótese de aumentar o tamanho da mureta de proteção. "A solução é amortecer essa energia que vem no estuário, para evitar que essa água passe da altura da mureta. Se aumentarmos mureta, vamos tirar a visão do estuário, da natureza, e nós queremos preservar isso", disse. Ele ainda ressalta que não há qualquer risco de desabamento no local e que a previsão de custeio da proteção da muralha seja na ordem de R$ 5 milhões. Os recursos devem ser captados junto ao Governo Federal.
Avanço da maré
Entre os fatores que podem explicar o avanço da maré estão a barreira de proteção para o mangue do bairro 13 de Julho ou o molhe construído na Atalaia Nova, o estreitamento na entrada da foz do rio Sergipe elevou o nível da água como destacou o engenheiro Armando Bezerra, um dos integrantes da equipe multidisciplinar da Emurb. "É como se espremessem o canal, o que elevou o nível de água. A dinâmica do mar é essa: acumula e retira. Acumula com assoreamento e retira na erosão. É um equilíbrio natural. A urbanização é quebra essa dinâmica", aponta o técnico.
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