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Perigos que envolvem o futebol
Jogadores podem ter problemas neurológicos
Cotidiano 04/12/2011 13h02


 

Por Márcio Rocha

O esporte, como qualquer atividade, não tem apenas suas benesses para o corpo dos atletas. Problemas de saúde também podem ser diagnosticados, ou atletas podem morrer subitamente, em desempenho da prática esportiva.

Foi divulgado um estudo, de autoria do Centro de Pesquisa de Ressonância Magnética Gruss, do Albert Einstein College of Medicine, nos Estados Unidos, afirmando haver chances de pequenas lesões neurológicas acometerem os jogadores de futebol devido às cabeçadas em bolas, na intenção de fazer gols, ou tirar bolas da área de defesa. Os cabeceios são parte fundamental do futebol e uma arma muito utilizada por zagueiros e atacantes como elemento surpresa em busca do melhor resultado.

As cabeçadas nas bolas, segundo o estudo, provocam pequenas lesões cerebrais à medida em que são executadas com frequência pelos atletas, criando mudanças microscópicas nas células cerebrais, que podem provocar sua degeneração, criando mais facilidades para os atletas sofrerem traumatismo craniano. O famoso atacante inglês Jeff Astle morreu em 2002, aos 59 anos, muito depois de ter parado de jogar profissionalmente, vítima de uma lesão cerebral. As informações são preocupantes. De acordo com o médico e comentarista esportivo Osmar de Oliveira, foi feito um estudo com jogadores noruegueses, que levou o esporte à posição de alerta, por causa do diagnóstico de atrofia das regiões centrais do cérebro.

Até hoje, não foi constatado nenhum caso de morte de atleta lesionado cerebralmente em atividade esportiva, que não fosse esporte de risco, como os esportes a motor, por exemplo, onde o piloto inglês Dan Wheldon, 33, morreu após um grave acidente que provocou lesões cerebrais irreversíveis. Porém, o mundo esportivo demonstra preocupação com essa possibilidade.

Já foram estudados mecanismos redutores de impacto para os atletas, como o uso de capacetes, como o utilizado pelo goleiro da República Tcheca Peter Cech, aprovado pela FIFA, como finalidade de proteção ao atleta. Cech sofreu um afundamento de crânio após um choque com o atleta Stephen Hunt, em 2006, que lhe deixou fora dos gramados por algum tempo. Cech, desde sua volta aos gramados, em 2007, usa o equipamento como medida protetiva.

Choques entre cabeças de jogadores são muito comuns nos jogos de futebol. Vários jogadores sofreram danos com choques entre cabeças, ou batendo em traves. Acontecem mais casos de mortes súbitas relacionadas ao infarto do coração ou arritmia cardíaca. a exemplo do jogador camaronês Marc Vivién Foe, morto em 2003 de parada cardíaca, quando caiu passando mal em pleno jogo pela Copa das Confederações, ou do húngaro Miklos Feher, jogador do Benfica de Portugal, vítima de uma arritmia cardíaca em campo.

Sobre os choques e traumas provocados em atletas em campo, o ex-atacante do Sergipe, Confiança e São Raimundo do Maranhão, Gilvan Alves, destacou que aconteceram incidentes de desmaios provocados por boladas e muitos jogadores passaram mal devido ao uso de estimulantes. O goleiro Milano, da década de 80, desmaiou sem conseguir respirar, após uma bolada recebida na cabeça, quando engoliu sua prótese dentária e ficou engasgado. Outros jogadores passaram mal por querer compensar o desempenho em campo com o uso de estimulantes que não fossem detectados no exame anti-doping, realizado pela Federação Sergipana de Futebol.

Em Sergipe, aconteceu um caso de morte de jogador em campo. Foi no ano de 1985, quando Eusébio, atleta maranhense jogador do Club Sportivo Sergipe, episódio lembrado muito vagamente pelos cronistas esportivos consultados, morreu no vestiário após passar mal em campo. De acordo com o cronista esportivo Wellington Elias, ouvido pelo F5 News, foi uma fatalidade que levou o esporte sergipano a procurar dedicar mais sua atenção à saúde dos atletas.

Especializado em medicina esportiva, o ortopedista Sylvio Maurício Cardoso informou que em Sergipe nunca houve caso de jogadores que tenham sido hospitalizados ou tenham saído desacordados de campo após choque entre cabeças, ou pancadas na cabeça durante jogos. Na sua maioria, os atendimentos em campo foram suficientes para socorrer os atletas. Confirmou que o único caso de morte no futebol sergipano foi o mesmo citado por Wellington Elias.

Segundo Givaldo Batista, assessor de comunicação da Federação Sergipana de Futebol, os clubes sergipanos procuram manter os exames médicos dos atletas em dia, para que estes estejam aptos para a disputa das competições. Com atletas bem condicionados fisicamente, o futebol não sofrerá baixas nos gramados.

Sobre a questão do uso de capacete pelos atletas, a FIFA o permite, mas a decisão é  facultativa ao jogador.

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