MPE não descarta mover ação para regularizar cirurgias oncológicas
Só no Huse, cerca de 150 pacientes esperam pelas cirurgias Cotidiano 12/01/2012 16h41Por Fernanda Araujo
Fruto de várias audiências no ano passado, o Ministério Público Estadual (MPE), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), retomou, nessa quinta-feira (12), a discussão sobre os procedimentos de cirurgias oncológicas nos hospitais, Cirurgia, Urgência de Sergipe (Huse) e Universitário (HU). Sob novas e antigas denúncias de longas filas de espera e anestesistas escalados que não comparecem nas cirurgias.
Sob fortes suspeitas, a promotora Euza Missano informou que poderá entrar com uma ação judicial após realizar mais investigações. “Hoje não foi aberto nenhum inquérito, estamos fracionando para depois mover uma ação. A CRM já está se organizando para tentar otimizar as denúncias. A gente precisa fazer novas audiências para evitar mais problemas, o problema é que a gente resolve aqui, quando vira as costas, ele retorna. Eu quero a relação dos anestesistas que não estão indo trabalhar. Nós vamos chamar agora o profissional que está sendo reclamado e não o gestor dele. Alguém tem que ser responsabilizado para que a procuradoria tome providências”, disse na reunião.
Uma das insatisfeitas, a médica Rute Andrade representante do HUSE, revelou que há anestesistas que se recusam a participar das cirurgias, principalmente às quintas-feiras. “Na quinta, eles não querem trabalhar. Queremos mais dois cirurgiões e anestesistas específicos para Oncologia. Vamos atrás de outros parceiros porque os daqui não resolvem”. As denúncias se estendem à Procuradoria Geral do Estado (PGE), que segundo os médicos não procuram solucionar os problemas que ao órgão são enviados.
No Huse cerca de 150 pacientes esperam pelas cirurgias. No Município em fila de espera por cirurgia de neoplasia benigna há 56 pacientes, fila que foi criada a partir do segundo semestre de 2011 sendo 42 pacientes encaminhados ao Huse por não ter prestador do serviço. A perspectiva do Município é que o Hospital São José seja contratado para a operação dos 56 pacientes.
O diretor técnico do HU, Francisco Assis Oliveira informou que compromete encaminhar ao MPF até o dia 23 de janeiro uma programação com todas as medidas administrativas e o tempo necessário para zerar a fila de espera. Segundo Euza, a partir de agora todo o controle de pacientes oncológicos do Município será feito pela NUCAR.
“Todo encaminhamento desses pacientes para o serviço de tratamento deverão receber respostas de agendamento para que esse paciente não fique perdido no sistema e para que tenha prazo para a realização do procedimento cirúrgico. Além disso, toda a fila existente será absorvida, o próprio HUSE se comprometeu com a FHS em fazer as cirurgias de todos esses pacientes. Os mais graves serão prioridade”.
Em três meses a promotora assegurou que os 150 pacientes do Huse serão operados mantendo e melhorando a sua capacidade de assistência, um salto de 40 para 60 cirurgias/mês, diminuindo consideravelmente a fila de espera. Desde que disponibilize sala cirúrgica para a oncologia e equipe de cirurgia. O Município deverá manter sob rigoroso controle do NUCAAR todos os encaminhamentos oncológicos realizados para os serviços contratados e o correspondente prazo para a realização das cirurgias.
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