Moradores do Bugio se sentem prejudicados com decisão do MPF
MPF está processando PMA e União por danos ambientais Cotidiano 20/12/2011 17h21Por Fernanda Araujo
Moradores do Loteamento Ângela Catarina, no bairro Bugio, se sentem prejudicados com a decisão do Ministério Público Federal (MPF) em processar a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) e a União por danos ambientais causados ao manguezal do Rio do Sal.
Pela decisão, os moradores deverão ser retirados do local que é considerado área de proteção permanente, enquanto os réus deverão alocar as famílias em novas residências e incluí-los em programas habitacionais do município. Desavisada que a área é protegida, a aposentada Maria Lúcia dos Santos, 74, moradora há 25 anos, se sente ameaçada.
“Eu cheguei aqui não tinha casa quase nenhuma e ninguém avisou que aqui era uma área de proteção. Só depois de uma reunião por esses dias, falaram que era da União. Era para ter outra reunião para explicar melhor à gente o que iria acontecer e não falaram mais nada. Eu até imaginava isso, agora estamos esperando. Eu sobrevivo da minha aposentadoria e vendo meus geladinhos na minha porta. Eu e todos aqui nos sentimos prejudicados, porque sair daqui e morar em galpão com outras famílias eu não vou de jeito nenhum.”
Moradora há dez anos, a doméstica Cristina dos Santos sabia que a área é de proteção ambiental, mas afirma que não tem aonde ir. “Não sabia que teremos que sair daqui. Continuamos aqui porque não temos aonde ir. A gente se sente atingida, para rua a gente não vai. Daqui só saímos quando nos derem outra casa”, diz.
José Fernando dos Santos, 56, morador há 38 anos, questiona que “tem barracas em tantos lugares, em tantos anos e ninguém nunca se incomodou com isso. Agora por que a gente vai sair daqui?”.
Além disso, os imóveis irregulares deverão ser demolidos e os responsáveis apresentarão um plano de recuperação do manguezal, que terá sua execução acompanhada pelo MPF. A Liminar foi acionada pela procuradora Lívia Tinôco que proibiu que a Prefeitura, a Emurb e a União concedam alvarás de ocupação da área. A região, que é considerada área de preservação permanente, segundo o MPF foi invadida por construções irregulares e recebe lixo e esgoto doméstico.
A assessoria de comunicação da PMA informou que a Emurb foi notificada da decisão na manhã dessa terça-feira (20). Irá analisar a ação até o dia 12 de janeiro, quando se manifestará sobre o caso.
Um dos principais temas discutidos foi a destituição do diretor executivo, Renato Telles
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