Médicos realizam manifestação
Categoria almeja reajuste e melhores condições de trabalho Cotidiano 13/09/2011 16h36Por Fernanda Araújo
O Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed) realizou nesta terça (13) uma manifestação em frente à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) na Rua Sergipe. A categoria almeja reajuste salarial, melhores condições de trabalho e quer discutir a avaliação de desempenho dos médicos e da saúde no município de Aracaju.
De acordo com o presidente do Sindimed, José dos Santos Menezes, foi prometido pelo prefeito Edvaldo Nogueira, na abertura da Conferência Municipal de Saúde, que aconteceu no mês de julho deste ano, que o reajuste salarial seria implementado. “Nós queremos chegar ao piso salarial, o reajuste. Foi prometido pelo prefeito na abertura da Conferência de que vai ser implantado. Nós temos pressa em que percentual nós podemos chegar”, declara.
Entretanto, a discussão se perpetua. A respeito do índice de saúde de Aracaju, o médico da Unidade Básica Francisco Fonseca, Argemino Macedo de Souza Filho, afirma que necessita de uma dedicação exclusiva por parte da prefeitura. E que o reajuste salarial é algo individual da categoria, e que não resolve os problemas da saúde em longo prazo.
“O que nós queremos é uma dedicação exclusiva ao SUS, pois às vezes tem exames que não estão sendo feitos. Nós precisamos mudar a cara da saúde do nosso país. Os indicadores de saúde são ruins, as prevenções de câncer e da diabete não são boas. A população continua obesa e sedentária, falecendo de infarto e de AVC. Então, para mudar isso precisamos de uma dedicação exclusiva e de cobrança também”, comenta Argemino Macedo.
Ainda segundo Macedo, o que resolve é estabelecer a carreira médica do Estado, que será possível agora no dia 28 de setembro, onde será aprovada uma emenda constitucional, sob a definição do que é a ação da saúde, e a discussão sobre o Programa Saúde da Família – PSF.
Segundo o Sindimed, a prefeitura teria estabelecido um período de 10 a 15 minutos para a realização do atendimento nos hospitais. Porém, os sindicalistas acreditam que isso não pode ser considerado como atendimento, e que não cabe à prefeitura dizer ao médico o tempo em que um paciente deve ser atendido. “É dever dos médicos, atender aos pacientes com qualidade e se preciso for, fazer isso em meia hora”, disse o vice-presidente, João Augusto Alves de Oliveira, do sindicato em protesto.
João Augusto afirma que a luta do Sindimed é pelo atendimento primário, e critica “Não adianta fazer propaganda sem disponibilizar os equipamentos e não qualificar o serviço. (...) Não adianta colocar 20 médicos sem melhorar o acompanhamento ambulatório”.
Carreira
Além dessa questão, foi discutido o bônus que a prefeitura quer disponibilizar aos médicos que possuem um melhor desempenho na área. Onde o bônus é um complemento ao salário. Para os sindicalistas, a proposta deve ser de forma igualitária, para toda a área médica, conforme a carga horária. Macedo ressalta que o bônus oferece um ganho à mais aos médicos. “É pelo desempenho e pela qualidade do trabalho, essa atitude da prefeitura é louvável”.
Porém, ele afirma que o principal motivo da mobilização é pela carreira médica do Estado, que está em projeto em Brasília. “Nós precisamos contar com o apoio do secretário, dos gestores, dos deputados, senadores e da população. A partir do momento em que nós recebamos essa dedicação exclusiva, nós temos a obrigação de tentar melhorar esses indicadores da saúde. E aí a população terá uma qualidade de saúde muito melhor”, ressaltando que o trabalho médico é exaustivo, pretendo uma carga horária de 40 horas semanais.
Macedo conclui que os sindicalistas não pretendem fazer greve para não atrapalhar a população, mas que se for preciso, farão uma campanha de baixo assinado com a população e com o sindicato. Ele espera do secretário de saúde, Sílvio Santos uma proposta madura e que não visualize somente o bônus e sim o futuro.
Assembleia
Uma nova assembléia foi destinada para a tarde desta terça em prol de uma avaliação da reunião que ocorreu na manhã de hoje, as paralisações e as novas deliberações do movimento.
Sobre a reunião que seria por volta das 9h da manhã e foi adiada para as 10h por motivo da falta de energia no prédio da secretaria, José dos Santos Menezes afirma que esteve presente a secretaria de saúde, de finanças e de administração, que constituem a comissão de negociação da prefeitura.
O presidente do Sindimed afirma que tem esperança que a partir de hoje seja resolvida a questão. E explica que a avaliação de desempenho já tinha sido expedida pelos sindicalistas para ser implementada, mas que nada foi feito.
“O que estamos reivindicando hoje nós negociamos no mês de fevereiro, onde estaria sendo feito a avaliação de desempenho dos médicos, que estaria implementada no final de agosto, hoje é 13 de setembro e nada foi feito. Nós já tínhamos enviado dois médicos à Curitiba, com o secretário da época, os secretários de finanças e de administração, já faz dois anos que era para nós implementarmos aqui em Sergipe”, critica.
O presidente tem pressa em agilizar o processo, pois lembra que no próximo ano é eleição, e acredita que pouco poderá ser feito, sendo que a Legislação não permite. “Nós temos que correr atrás. Estamos na esperança que hoje consigamos. Nós só conquistaremos com luta”, conclui.
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