Mãe de Jonatha: “Os mesmos que atiraram nos três mataram o meu filho”
Com a confirmação da morte do adolescente, família buscará justiça Cotidiano 24/03/2012 19h43
Por Mirella Mattos
Após o reconhecimento do corpo encontrado no Povoado Novo Horizonte, em Neópolis, como sendo o de Jonatha Carvalho dos Anjos, no Instituto Médico Legal (IML), no final da tarde desse sábado (24), resta agora aos pais do adolescente um novo embate: a busca pelos culpados.
A mãe de Jonatha, Patrícia Araújo, não descarta a possibilidade de que o garoto tenha sido assassinado – na mesma operação que pôs fim às vidas dos outros três homens em um suposto confronto com a polícia – e assegura que a partir desse momento viverá para colocar atrás das grades os algozes de seu filho.
“Vou viver para colocar na cadeia quem matou o meu filho. Quantas mães tem seus filhos desaparecidos em casos como o meu e não tem coragem? Tem medo deles, de vingança, Mas eu não tenho medo não. Eu vou lutar até o fim, eu não vou sossegar enquanto não colocar cada um deles na cadeia. Quero olhar para eles e perguntar por que fizeram isso com o meu filho que não teve nem chance de se defender. Ele morreu com os chinelos nos pés”, detalha .
O pai adotivo de Jonatha, Rosinaldo Araújo, detalha que a partir da segunda-feira (26) continuará com as suas investigações e denúncias à imprensa após o anúncio do laudo médico. “Vou pedir forças a Deus e segunda-feira começar uma nova etapa. Depois de sair o laudo vou querer saber quem foi que matou, quero os nomes deles. Meu filho nunca fez mal a ninguém para eles fazerem uma barbárie dessas”, desabafa e acrescenta ter passado diversas vezes durante as investigações nas proximidades de onde o corpo foi encontrado hoje.
Não apenas os pais do menino como outros parentes a exemplo do tio, Rosemir Araújo, parecem ter, após o aparecimento do corpo, a confirmação de que a versão apresentada inicialmente pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) – do envolvimento de uma moto com duas pessoas, onde estaria o adolescente – seria, desde o princípio, falsa como também de que o cadáver do adolescente teria sido plantado no local em que foi encontrado. “O corpo foi encontrado 200 metros de distância de onde os outros rapazes foram mortos. O corpo foi colocado lá e esse fato agora põe por terra essa versão da polícia de que o menino fugiu em uma moto”, comenta.
Operação de busca
Conforme o coronel e comandante do Grupo Tático Aéreo (GTA), Maurício Iunes, a equipe policial chegou ao local por meio de denúncia telefônica feita por volta de 13h à delegacia do município de Neópolis. “Houve uma ligação para a delegacia em Neópolis dando conta do odor forte na região. Focamos as buscas no sentido da rótula para Neópolis e começamos a fazer as buscas por quadrantes quando encontramos o corpo que estava dois metros distante da via”, esclarece.
Questionado se ao encontrar o corpo haveria indícios de descarte no local, Iunes informa não poder fazer uma análise detalhada sobre um assunto, uma vez que a indicação era de preservar o local do crime. “Para nós fica difícil fazer uma análise nesse sentido até porque a primeira atitude é preservar o local para que a perícia possa trabalhar. Se a gente mexe na cena, acaba por descaracterizar o local então a orientação que foi dada para minha guarnição é que nós isolássemos o local e esperássemos a perícia e a criminalística. Então é difícil fazer qualquer análise”, finaliza.
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