Julgamento do Caso Genivaldo entra no 6º dia com depoimentos de defesa
Tribunal do Júri em Estância (SE) avança na análise que tem como objetivo julgar os réus por tortura e homicídio triplamente qualificado Cotidiano | Por F5 News 01/12/2024 14h39O julgamento dos três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal acusados pela morte de Genivaldo Santos foi retomado na manhã deste domingo (1º), às 9h30, no Tribunal do Júri em Estância (SE). Este é o 6º dia de sessão, que tem como objetivo julgar os réus por tortura e homicídio triplamente qualificado.
No sábado (30), 5º dia de julgamento, foram ouvidas três testemunhas de defesa, incluindo dois policiais rodoviários federais e um médico cardiologista. A sessão foi encerrada às 21h15. Até o momento, quatro testemunhas de defesa foram ouvidas entre sexta-feira e sábado, de um total de 15 previstas — cinco para cada réu.
De acordo com o cronograma do Júri, após a oitiva de todas as testemunhas de defesa, serão interrogados os peritos do caso. Em seguida, os réus Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia serão ouvidos. Na etapa final, terão início os debates entre acusação e defesa, culminando na votação da sentença pelos jurados.
Acompanhamento nacional
O caso está sendo acompanhado por uma equipe de procuradores do Ministério Público Federal (MPF), incluindo Rômulo Almeida, titular do processo, e Eunice Dantas, de Sergipe, além de Alfredo Carlos Gonzaga Falcão Júnior, Polireda Madaly Bezerra de Medeiros e Henrique Hahn Martins de Menezes, integrantes do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ/MPF).
A complexidade e a repercussão do Caso Genivaldo levaram à sua inclusão no Observatório de Causas de Grande Repercussão, uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O observatório monitora processos de alta relevância social e impacto, como os desastres em Mariana e Brumadinho e o incêndio na Boate Kiss.
Relembre o caso
Genivaldo Santos morreu em 25 de maio de 2022, durante uma abordagem policial na BR-101, em Umbaúba (SE). Imagens que circularam na época mostraram agentes da PRF utilizando uma viatura como "câmara de gás", o que gerou comoção nacional e internacional, além de debates sobre racismo, violência policial e direitos humanos.
Com informações da Ascom/TRF5