Irresponsáveis passam mais de 20 mil trotes para o SAMU em 2011
Por conta das mentiras, SAMU é obrigado a burocratizar os serviços Cotidiano 07/01/2012 07h00Por Márcio Rocha
Sabe aquela “brincadeira” sem graça que está mais para crime, tem sempre alguém que não tem responsabilidade por trás e é popularmente é conhecida como trote? Continua sendo uma pedra no sapato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) – e, sobretudo, retardando, muitas vezes, o atendimento a quem, de fato, necessita. No ano passado, das quase 207 mil chamadas recebidas pelo SAMU Aracaju, nada menos que 10% foram trotes. Em outras palavras: o serviço foi acionado mais de 20 mil vezes por algum desocupado desatinado disposto a contribuir para colocar vidas alheias em xeque.
Na tentativa de evitar os trotes, a Central de Atendimento da Regulação Médica busca informações sobre o caso e da pessoa que solicita o serviço, a exemplo de nome, localização da vítima e ponto de referência. Obtidas as informações, a ligação é transferida para o médico da equipe, o qual dará as orientações de primeiros socorros e também fará perguntas para descartar a possibilidade de trote. Verificada a gravidade do caso, o médico autoriza a saída de um veículo de suporte básico ou avançado. Toda essa burocracia, no entanto, vez por outra acaba prejudicando quem está precisando, de fato, do socorro, mas precisa perder um tempão nas explicações.
Para quem aplica trotes contra o SAMU, as Polícias Civil e Militar ou o Corpo de Bombeiros, existe punição. O número do espertinho fica registrado no sistema de identificação de chamadas, e o contato é entregue à polícia, que passa a investigar para chegar ao autor do trote. Como o serviço é destinado às chamadas de urgência, é também considerado crime a sua interrupção. Comunicação falsa se caracteriza crime - artigo 340 do Código Penal. Da mesma forma, interromper ou atrapalhar serviço essencial fere o artigo 260. Os crimes somados prevêem multa e até três anos de prisão para o executor da brincadeira de mau gosto. Em caso de situação de calamidade pública ou estado de emergência, a pena é acrescida em 100% da penalidade.
Com um atendimento médio de 18 mil ligações por mês, totalizando 207 mil chamadas no ano de 2011, o serviço presta atendimento de urgência em casos de traumas, pediátricos, psiquiátricos e acidentes de trânsito, seu principal foco. Sempre dando o chamado primeiro-socorro. São aproximadamente 200 atendimentos prestados por dia pelas ambulâncias e vários encaminhamentos de atendimentos são providenciados pelo serviço. O trabalho do SAMU é executado com 17 ambulâncias, além de cinco motolâncias, para procedimentos que exijam agilidade, para atender os moradores de todo Aracaju.
Trabalham na equipe do SAMU de Aracaju 194 pessoas – entre médicos, enfermeiros, técnicos de atendimento de regulação médica, rádio operador, técnicos e auxiliares de enfermagem e condutores. Com isso, o serviço que integra a Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada em 2003 pelo Ministério da Saúde, atua como uma ponte de intermediação entre a atenção primária, constituída pelas Unidades de Saúde da Família e os hospitais, e o atendimento de média e alta complexidade.
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