Feirantes do Mercado Central vivem insegurança e descaso
Banheiros são utilizados para o uso de drogas e prostituição Cotidiano 11/01/2012 16h12Por Eliene Andrade
Feirantes do Mercado Central de Aracaju estão passando por momentos de insegurança e descaso. A falta de iluminação e os furtos que acontecem no local, quase que diariamente por meninos de rua, deixam os vendedores temerosos. Além da falta de segurança e da sujeira nas calçadas do mercado, os feirantes afirmam que a cada dez lâmpadas, quatro não funcionam. Reclamam também que não têm acesso às filmagens que são feitas pelas câmaras instaladas no mercado, para identificar possíveis furtos.
Eles alegam que a taxa que é cobrada pela Prefeitura de Aracaju é paga todos os meses. Mas que não vêem retorno, já que o lugar, em alguns pontos, está sem iluminação. Alguns deles estão trabalhando às escuras, o que prejudica as vendas e facilita a prática de assaltos. “A coisa piora nos dias de chuva. Fica tudo alagado aqui, as mercadorias molham por conta das goteiras. Qualquer dia desses um teto deste vai cair sobre nós”, alertou o feirante Joilson de Souza.
Para o dono da banca de cereais, Luiz Evangelista da Mota, que trabalha no local há mais de 10 anos, o mercado precisa ser administrado de forma minuciosa, já que os problemas de estrutura sempre existiram, mas, para ele, é preciso que sejam feitas manutenções regularmente.
“Já fizemos várias denúncias em prol da melhoria do mercado, que é nosso ambiente de trabalho. No entanto, o que estamos vendo é o descaso da prefeitura para com os feirantes. As lâmpadas aqui precisão ser trocadas. As tampas dos bueiros, quando quebram, são substituídas por outra de cimento, além da falta de segurança”, desabafa.
Segundo os feirantes, os roubos acontecem com frequência no local. Eles afirmam que, mesmo com aumento dos arrombamentos das bancas e barracas da feira, a segurança continua precária. “Achamos isso um absurdo, pois o diretor deveria nos mostrar as filmagens que são feitas durante a noite para podermos identificar e prevenir os roubos. Se não pagarmos os impostos a prefeitura ameaça tomar nossos pontos. Mas onde está nossa segurança?”, indaga em tom de cobrança uma vendedora de confecções que pede para não ter o nome revelado.
Prostituição e drogas nos banheiros
Além dos problemas estruturais, os feirantes denunciam ainda que os banheiros são utilizados para o uso de drogas e prostituição. A denúncia foi confirmada por um funcionário da limpeza que disse ter presenciado tais episódios. “Nós temos que limpar esses banheiros horríveis. Muitas vezes nos deparamos com cenas que dá até vergonha de falar. Ficamos com medo de entrar neles porque muitas vezes encontramos viciados caídos lá dentro e travestis fazendo sexo. Somos pais de família e merecemos respeito”, relatou o funcionário que também pediu para não ter o nome divulgado.
Segundo a assessoria da EMSURB, órgão da Prefeitura de Aracaju responsável pelos mercados, os reparos serão feitos ainda este mês. Sobre a insegurança, a assessoria afirma que o local possui várias câmaras espalhadas e que são ligadas 24 horas por dia, além da guarda municipal que, apesar de não ser da responsabilidade do órgão, faz a segurança do lugar. Ainda segundo a assessoria, 20 profissionais fazem a limpeza durante o dia e no final da noite.
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