Famílias das ocupações do Santa Maria fazem cadastro no Aluguel Social
Cotidiano 05/04/2018 22h42As famílias das ocupações Paraisópolis e Terra Prometida, localizadas no Bairro Santa Maria, começaram nesta quinta-feira (05), a levar a documentação solicitada pela secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seidh), para inclusão no Programa Aluguel Social. O cadastramento é iniciado na mesma semana em que o secretário José Carlos Felizola visitou as ocupações, acompanhado da equipe técnica da Seidh e de líderes comunitários, para conhecer in loco a comunidade, com vistas à concessão do benefício a 176 famílias.
Os beneficiários foram divididos em grupos, para que sejam cadastrados 20 a cada dia, até a finalização dos atendimentos. Nesta quinta, foram recebidas as famílias da ocupação Terra Prometida e Eline Jesus foi uma das primeiras a se cadastrar. Ela conta que é mãe solteira e sustenta seus três filhos com a renda recebida do Programa Bolsa Família, que equivale a cerca de R$ 340. Segundo Eline, o Aluguel Social vai melhorar a situação da comunidade, pois antes do benefício todos sofriam com a falta de água e energia, entre outros problemas. "Esse benefício vai me ajudar muito, porque a situação antes era difícil. Faltava muita coisa, mas agora vai melhorar, porque sem trabalho, o que recebo é muito pouco", disse.
Milka da Silva também está sendo inserida no Programa. Ela falou sobre a importância do benefício e agradeceu o apoio da Seidh, em especial a contribuição do Secretário José Carlos Felizola para a concretização dos cadastros. "Há dois anos estamos lá e, hoje, graças a Deus, conseguimos conquistar o auxílio. Estávamos em condições precárias, porque lá tem crianças, idosos e deficientes, e não é bom morar nessas condições. Quero agradecer a Felizola, que nos acolheu com muita atenção e uma conversa pacífica”, afirmou.
Para o secretário da Seidh, José Carlos Felizola, esta é uma grande vitoria para essa população que há tanto tempo lutava por esse benefício. “Visitei as ocupações e vi de perto a realidade dessas famílias. Com o a inclusão delas no Aluguel Social, elas poderão sair dessas áreas e, assim, o Governo poderá executar um projeto de construção de um conjunto habitacional nesses locais para que, em breve, essas famílias possam voltar já para seus imóveis próprios”.
Eudes Carvalho, gerente de Promoção da Igualdade Racial da Coordenadoria de Direitos Humanos Seidh, relembra a trajetória dos moradores das ocupações na luta pelo benefício. "Eu acompanho a luta desses companheiros e estou muito feliz, porque há muito tempo tentamos solucionar esse problema e finalmente conseguimos. Quero aproveitar e parabenizar o novo secretário, por resolver com rapidez a questão. E isso é uma grande vitória do povo e do Estado", salientou.
Maurício dos Santos, liderança da comunidade, reforça a urgência que tinham para a liberação do auxílio. “O espaço onde estão localizadas as ocupações no bairro 17 de março será utilizado para construção de conjuntos habitacionais do governo do Estado, por isso, estão beneficiando os moradores com esses recursos do Aluguel Social, evitando que fiquem desamparados. Foi realizado um cadastro e agora as pessoas têm 30 dias para sair das ocupações", explicou.
Sobre o Aluguel Social
Através do Programa Aluguel Social, a Seidh atende famílias em situação de risco e vulnerabilidade social que estejam abrigadas sob a responsabilidade do Estado e cadastradas em programas ou projetos habitacionais de qualquer esfera de Governo (Lei nº 7.150, de 26 de maio de 2011), por meio do pagamento de aluguéis transitórios, pelo período que antecede a entrega definitiva do imóvel. Até então, 203 famílias vinham sendo beneficiadas com o Aluguel Social, recebendo a quantia mensal de R$ 300. A partir de agora, este número chegará a 379.
Fonte: Ascom Seidh
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