Por Saullo Hipolito*

Estudantes do Nelson Mandela reclamam de estrutura precária

Uma portaria da Secretaria de Estado da Educação (Seed) pretende transformar a Escola Estadual Nelson Mandela,  no Médici, zona Sul de Aracaju, em Centro de Excelência nesta segunda-feira-feira (9), a partir da implementação do Ensino Integral. Contudo, a falta de estrutura e o abandono relatado pelos estudantes estão causando a revolta de todos os usuários do prédio.

De acordo com a representante dos estudantes, Yngrid Mariana Santos, existem salas sem luz, com infiltrações, sem ventiladores funcionando, com janelas quebradas, impossibilitando que as aulas aconteçam.

“Está um caos, o teto com buracos, os quadros inutilizáveis, todos pichados e eles ainda querem dizer que é um Centro de Excelência? Não há condições de ensino”, afirma a aluna do 3ª série do Ensino Médio.

Segundo informações apuradas pela equipe de reportagem do F5 News, as escolas de Ensino Integral estão, gradativamente, passando por reformas e melhoria da infraestrutura, além de capacitações de recursos humanos. As informações ainda apontam que todas as escolas que irão funcionar com esse tipo de ensino receberão a titulação de Centro de Excelência.

A escola atualmente funciona nos turnos matutino e vespertino, a partir desta segunda-feira funcionará como Ensino Integral. De acordo com Yngrid, haverá um protesto dos alunos no momento da mudança de nome. Eles estão mobilizados para pedir melhorias no local e relatar o que acontece.

“A escola tem apenas um funcionário, que trabalha duas vezes por semana e tem que dar conta de todo o prédio. O banheiro só está melhor porque a gente limpou. Os professores estão evitando nos levar para a quadra porque já houve assaltos no local, que tem um buraco por onde os criminosos passam”, afirma Yngrid.

Os alunos chamaram a atenção para a questão da merenda, segundo eles, há falta de ingredientes necessários para a elaboração das refeições dos alunos.

Yngrid afirmou que os alunos procuraram a Seed, mas nenhuma resposta foi dada de imediato. “Eles não têm data para previsão de reforma e esses problemas estão prejudicando o ensino”, afirmou a estudante.

* Estagiário sob supervisão da jornalista Fernanda Araujo.

Foto: F5 News