Estoque de bolsas de sangue no Hemose está quase zerado
Para as doações o centro funcionará das 8h às 12h no Réveillon Cotidiano 28/12/2011 11h10Por Fernanda Araujo
Responsável pelas coletas de sangue e salvar vidas, o Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) está sofrendo com o estoque quase zerado de bolsas de sangue. De acordo com informações da assessoria de comunicação, a queda vem ocorrendo desde o mês de junho, mas se acentuou nos meses de novembro e dezembro.
Encerra-se o ano e houve apenas uma média de 70 doações por dia, um percentual irrisório ao ideal, que é de 120 a 150 por dia para abastecer 70% da necessidade do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), ficando os demais 30% divididos entre Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, o Hospital Cirurgia, Santa Isabel, Hospital da Polícia Militar (HPM) e Hospitais Regionais.
“Na segunda-feira, 26, houve somente 46 doações (25 pela manhã e 21 à tarde), número muito aquém da nossa realidade e dos hospitais públicos, com ênfase ao Huse que é o que mais absorve daqui”, esclareceu Rosângela Cruz, assessora de comunicação da Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH).
De acordo com Rosângela, hoje estão estocadas somente 80 bolsas de sangue, caso um hospital necessite, outros ficarão desprovidos. “Ontem só tinha de 70 a 80 bolsas estocadas. Se o Huse pedir, praticamente todo o estoque vai ser levado para o hospital. E os outros como é que ficam? Por isso é que estamos convocando toda a população para vir ao Hemose e doar.”
A assessora conta ainda que a grande demanda ocorre devido a necessidade daqueles que recebem a doação por conta de doenças, e pelos inúmeros acidentes que ocorrem em períodos de férias e feriados. Porém, o número de doadores, que deveria aumentar nesses períodos mais críticos, diminui drasticamente. Ela atribui a falta de doadores ao descaso da população.
“É um fenômeno que a gente conversa com outros hemocentros do país para tentar entender essa falta de doadores. E descobrimos que o problema é nacional. É um fato histórico, todo período de final de ano, Semana Santa, Carnaval, o número de doadores abaixa assustadoramente. Porque as pessoas estão preocupadas em curtir e bebem, impossibilitando de doar, somente pode beber 12 horas que antecedem a doação. Acredito que este seja um dos fatores. Quem mais doa são homens, e a maioria deles bebe. Estamos discutindo como trazer as mulheres à doação. Outro fator também é que as mulheres que vêm são muito magrinhas”, compartilhou sua preocupação com bom humor.
Parcerias e campanhas
Para aliviar o problema, o Hemose realiza algumas campanhas de conscientização e parcerias com órgãos públicos e privados. “Ao longo do ano fazemos campanhas e parcerias com empresas de iniciativa privada e pública, como o Banese, com a Secretaria de Educação, Secretaria de Esportes, fora as associações. Duas associações de Canindé do São Francisco e de Nossa Senhora da Glória, a cada dois meses trazem alguns doadores, mas que ainda são insuficientes. Trabalhamos nas escolas, com a campanha ‘Doador do Futuro’ para mostrar a importância da doação aos alunos”, disse.
Em novembro, o centro realizou a Semana do Doador Voluntário. “Essa semana foi a melhor para a gente. Teve grande melhora. Desenvolvemos várias atividades educativas, mas nas semanas seguintes a doação caiu, lembrando que em novembro teve dois feriados”.
Para ser doador
Basta ter entre 16 e 67 anos, estar em bom estado de saúde, pesar a partir de 50 quilos, estar bem alimentado e tendo dormido pelo menos seis horas, nas 12h anteriores à doação. O doador deve levar qualquer documento com foto, válido em todo território nacional na Av. Tancredo Neves, 7701, Grageru. O horário de funcionamento é de segunda à sexta no período das 7h30 às 17h, e aos sábados das 8h às 12h. Para os hospitais, o Hemose funciona 24h.
Para mais informações ligue para 3225-8000 / 3259-3174 ou acesse o site www.hemose.se.gov.br.
Foto: FSPH
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