Especialista mostra a importância da higienização periódica nos sofás
Empresário Brener França conta episódios inusitados vividos durante esse trabalho Cotidiano | Por Monica Pinto 31/08/2024 17h00Ninguém em seu juízo perfeito fica seis meses sem varrer a própria casa, ou sem limpar a geladeira, por exemplo. Mas um dos móveis presentes na grande maioria dos lares, por mais simples que sejam, não costuma receber a devida atenção: os sofás. E olhe que eles são um dos campeões no acúmulo de sujeira, o que nem sempre fica aparente, especialmente quando se trata de modelos em cores mais escuras.
“Geralmente a pessoa não observa a olho nu, porque quando a gente está utilizando o estofado, que você senta, as tramas do tecido se abrem. O que acontece com aquela sujeira que está ali em cima é que ela desce para a espuma”, disse ao F5 News o empresário Brener França, que atua há mais dez anos no segmento de higienização de sofás e tapetes em Sergipe.
Segundo ele, é na espuma onde se misturam poeira e umidade do ar com a oleosidade do corpo, o suor, fazendo do móvel o ambiente perfeito para que ácaros e bactérias se proliferem, um quadro com grande potencial de causar danos à saúde, desde alergias e dermatites a problemas respiratórios.Nessa jornada de trabalho com a assepsia de sofás, as equipes de Brener já se depararam com situações inusitadas, algumas das quais o empresário compartilhou com o portal. Confira.
Em uma das ocorrências, a equipe chegou para lidar com o que aparentemente era um móvel de uso convencional, mas uma surpresa aguardava os trabalhadores. “Quando começamos a fazer o procedimento da higienização, nos deparamos com a nossa máquina parando, quando a gente puxou o bico de dentro do canto do sofá, o canto do sofá estava cheio de pinos do tipo que se usa para guardar droga, e aí tivemos que desobstruir a máquina para finalizar o serviço”, disse Brener ao F5 News.
Surpresa ainda mais desagradável ocorreu na residência de uma outra cliente, que solicitou o serviço de higienização e reclamava de um mau cheiro horrível no sofá da casa, já observado há vários dias. “Quando chegamos na casa da cliente, sentimos desde a porta o mau cheiro e, em seguida, quando a gente estava iniciando a higienização, o procedimento de limpeza do sofá dela, detectamos ali que havia um rato morto debaixo de uma das almofadas”, conta Brener.
Ele prossegue dizendo que decidiram continuar o processo, mas com o agravante de ter que lidar com uma situação até ali inédita para a empresa. “Seria muito mais prático para a gente se a cliente já tivesse dito anteriormente do que se tratava, mas fomos pegos de surpresa”, disse ao portal. “Já trabalhamos com higienização na prática há muitos anos, inclusive com produtos específicos para matar bactérias, o que foi ruim e difícil para a gente foi lidar com aquela situação de ter que remover o rato morto”, completa.
Outro caso que veio à lembrança do empresário se refere a um cliente que procurou à empresa pedindo que fosse à casa dele para fazer a verificação de um sofá que já havia passado por um processo de limpeza, feita por um outro profissional; ele relatou que depois da limpeza começou a se coçar muito.
“A pessoa que tinha feito a limpeza não tratou como higienização, e sim como uma simples lavagem”, constatou Brener. “Nesse caso, sem usar produtos específicos para remover ácaros e bactérias, o sofá ou a peça que for passar pelo procedimento fica pior do que estava antes, porque se você umedece uma peça ou estofado que fica ali exposto há um ano, dois anos, e você não trata aquela peça de forma higiênica, usando os procedimentos corretos para higienização, a peça pode até ficar aparentemente limpa, mas depois as pessoas que a utilizam começam a ter reações alérgicas, começam a sentir desconfortos”, explica ao F5 News.
Brener França recomenda que a higienização de sofás e poltronas seja feita em períodos entre seis a doze meses de intervalo – este último, no caso de móveis menos utilizados. Aos clientes que acham seis meses pouco tempo entre uma lavagem e outra, acreditando que o móvel não demanda já o serviço, ele convida: “imagine que você deixou de limpar sua casa por seis meses, o grau de sujidade que vai ter nos móveis e no piso. Agora imagine toda essa sujidade no estofado”.