Empresas de segurança clandestinas trazem riscos, alerta sindicato
Em Sergipe, o número de empresas ilegais excede o de empresas legalmente registradas Cotidiano | Por F5 News 10/02/2023 17h14
Na última quarta-feira (8), um produtor musical denunciou ter sido agredido por um segurança durante um evento na casa de shows Gonzagão, que fica no conjunto Augusto Franco, na zona sul de Aracaju. O crime ocorreu no último sábado (4).
Segundo o produtor, o segurança queixou-se de que a carga horária teria excedido aquela inicialmente acordada. Ao tentar resolver a situação, a vítima foi agredida com golpes de cassetete. O caso vem repercutindo desde então.
De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança (Sindesp), Sandro Moura, o segurança em questão trabalha para uma empresa clandestina, ou seja, que não possui registro na Polícia Federal.
Segundo o Sindesp, Sergipe possui 30 empresas de segurança regulamentadas e 12 mil profissionais, mas o número de clandestinos é bem maior que esse. Além disso, essas empresas ilegais são contratadas com maior frequência.
O presidente do Sindicato explicou que isso ocorre sobretudo por esses serviços serem oferecidos a um custo muito mais baixo. A consequência, segundo Sandro, é que “o barato sai caro”, pois essas empresas não qualificam os profissionais.
O presidente do Sindesp esclareceu que, legalmente, é necessário um curso de treinamento para exercer essa profissão, e que a reciclagem deve ser feita a cada dois anos, a fim de evitar má conduta. Além disso, segundo ele, muitas dessas pessoas contratadas por empresas clandestinas não atuam na área com frequência, sendo chamadas esporadicamente para “bicos”.
Sandro Moura reforçou que cabe à Polícia Federal fiscalizar essa situação.