Por Fernanda Araujo

Em 2011, 1,2 mil novos casos de DST foram detectados em Aracaju

A Coordenação da Vigilância em Saúde do município de Aracaju, subordinada pela Diretoria de Atenção Primária e Vigilâncias em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, realizou uma avaliação das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) em Aracaju, entre os anos de 2010 e 2011, através do Programa Municipal de DST, Aids e Hepatites Virais. Foi avaliada a estatística dos casos de condiloma acuminado, sífilis em adulto, síndrome da úlcera genital, síndrome do corrimento cervical, síndrome do corrimento uretral e herpes genital.

Segundo a coordenação, em 2010 foram detectados 774 casos em DST e no ano de 2011 - o número elevou para 1203 novos casos na capital. A Aids entre os homens vem diminuindo ao longo dos anos, de 1245 casos acumulados de 1987 a novembro de 2011, foram de 891 masculino e 354 feminino. Ou seja, em 1990, para cada três casos entre homens, não havia nenhum caso em mulheres. Porém, em 2010 essa relação foi de 1,9 homens para cada caso em mulheres e em 2011, foi de 2,2 casos em homens para cada caso em mulheres.

Na categoria homossexual, casos de Aids diminuíram de 23 para 16, entre 2010 e 2011, respectivamente. Um número que segundo a coordenação não teve redução significativa, porém a predominância insiste na categoria heterossexual em ambos os sexos.

Sífilis e sífilis congênita

O Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) realizou 3.919 exames de sífilis, HIV, Hepatites e testes rápidos no ano de 2010, já em 2011 o Programa Municipal de DST realizou 4.708 o que representou um aumento de 17% na cobertura do diagnóstico.  Houve um aumento da doença em mulheres gestantes que em 2010 foram notificados e investigados 56 casos, e até novembro de 2011 foram 83 com sífilis.

Os diagnósticos foram executados com a parceria dos Programas Municipal de DST, Aids e Hepatites Virais, Saúde da Mulher, as Redes de Atenção Primária e de Atenção Especializada, nas ações do Programa Mamãe Coruja. Quanto à sífilis congênita, foram 40 casos em 2010 e até novembro de 2011, foram 47.

Hepatites virais

Em parceria com a Gerência do Programa Estadual das Hepatites Virais como a mobilização no Dia Mundial de Combate às Hepatites entre outras ações de prevenção, diagnóstico e imunização foram notificados em 2010, 153 casos novos de hepatites virais, sendo 16 casos de hepatite A, 87 de hepatite B e 35 casos de hepatite C. Até novembro 2011 foram notificados 115 casos novos de hepatites virais, sendo 7 casos de hepatite A, 62 de hepatite B e 33 casos de hepatite C e 01 caso de hepatite B+C.

Ações

Segundo a coordenação, com o intuito de controlar os índices elevados de sífilis na capital e tratar os casos, através do Plano Municipal de Controle da Sífilis Congênita toda a rede SUS municipal foi capacitada para aumentar a detecção desses casos em adultos, mulheres e gestantes. Além de ações como a capacitação dos profissionais da rede primária, tratamento da sífilis em gestantes e a divulgação em diferentes mídias e meios de comunicação.

O Serviço de Assistência Especializada em HIV-Aids (SAE) e o Hospital Universitário fazem parte do acompanhamento ambulatório - no ano de 2010, houve 337 casos novos de pacientes cadastrados e acompanhados pelo SAE, uma média de 28 novos casos mensais, o que levou a necessidade do aumento do número de infectologistas, de 05 para 07 especialistas. Em 2011, até dezembro tivemos 353casos novos.

Cerca de sete campanhas de promoção e prevenção foram realizadas, projeto verão, pré-caju, carnaval, forró caju, dia mundial de luta contra as hepatites, Campanha Municipal de Combate à Sífilis e Dia Mundial de Luta contra a Aids. Aconteceu ainda o III Seminário Temático da Mulher em parceria com o Programa Saúde da Mulher e o Projeto Roda de Conversa na II Conferência Municipal da Juventude em parceria com os Programas Saúde da Criança e do Adolescente e Saúde na Escola. Foram disponibilizados 1.700.000 preservativos masculinos e femininos através das unidades de saúde.

Com informações da Secretaria Municipal de Saúde