Corpo do radialista Carlos Rodrigues está sendo velado no Osaf
Hipertenso e diabético, ele morre aos 61 anos Aracaju Cotidiano 15/11/2011 18h52Por Joedson Telles
O maior comentarista esportivo do rádio sergipano, ao lado do ‘diabinho' Welligton Elias, deixou Sergipe de luto, por volta das 13h30 desta terça-feira 15. Carlos Rodrigues sentiu uma forte dor no coração na tarde de ontem, cumpriu a rotina dos últimos meses de buscar socorro no Hospital do Coração, mas, desta vez, não resistiu e faleceu, aos 61 anos. Hipertenso e diabético, Rodrigues deixou viúva e quatro filhos.
"Eu perdi um amigo-irmão. É a melhor forma que tenho para resumir a nossa vida. Nossa amizade. Trabalhamos juntos no Banco da Bahia e o levei para ser meu repórter quando fundamos a Rádio Atalaia AM, em 1968. Senti sua vibração como comunicador e sabia que daria certo", diz emocionado o amigo e também radialista Antônio Barbosa, há mais de 50 anos no rádio sergipano. Carlos Rodrigues iniciou sua carreira no rádio no ano de 1965 na Rádio Liberdade AM.
"Trabalhamos muito tempo juntos. No banco e nas inúmeras transmissões esportivas (Barbosa na locução e Rodrigues comentando os jogos). Viajamos muitas vezes para transmitir futebol. Copas do Mundo. Rodolfo, eu o chamava assim, era, como lhe disse, um amigo-irmão. Um ajudava o outro. Sua maior qualidade era a sinceridade. Dizia a verdade. Dizia o que pensava e não levava desaforo", lembra. Barbosa.
Com toda esta personalidade forte não surpreende que Carlos Rodrigues era um dos maiores críticos de Carisvaldo Souza, dono, ou melhor, ‘eterno' presidente da Federação Sergipana de Futebol (FSF). "Todos nos que gostamos do futebol sergipano criticamos Carisvaldo. Mas Rodolfo rumava o cacete mesmo. Ele não aceitava que o nosso futebol estivesse na situação difícil que vive, e culpava Carisvaldo.", diz Barbosa.
Presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe, o radialista Fernando Cabral, lamentou a morte em nome de toda a categoria, exaltando as qualidades do colega no microfone. "lamento a morte de um grande radialista. Fundador do Sindicato dos Jornalistas. Eu fui vice-presidente dele. O Brasil perdeu um grande comunicador. É luto oficial", disse Fernando Cabral. O corpo está sendo velado no Osaf e será sepultado amanhã no cemitério Santa Isabel.
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