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Controle da dengue precisa da ajuda da população
Cotidiano 06/03/2012 12h52


O Programa Municipal de Controle da Dengue vem atuando em todos os bairros da capital com ações que vão além do que determina o Ministério da Saúde. Entre essas atividades, destacamos que Aracaju realiza seis Levantamentos de Índice Rápido do Aedes Aegypti, o dobro do que orienta o Ministério. Além disso, Aracaju é uma das poucas cidades brasileiras que realizam força-tarefa durante todo o ano, inclusive aos sábados, enquanto a orientação federal é realizar esta atividade apenas nos meses de outubro, novembro e dezembro.

“Mesmo com todas essas ações, Aracaju não vai conseguir vencer o mosquito sem a colaboração dos moradores. Essa ajuda tem que ser contínua, assim como as ações realizadas pelo Programa. As pessoas precisam ficar atentas aos cuidados dentro de casa e esse cuidado não pode ter pausa”, explica o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos.

A diferença dos cuidados dos moradores pode ser vista nos bairros Farolândia e 18 do Forte. O bairro Farolândia é cortado por cinco canais. Pelo que muita gente pensa, o bairro deveria ter um alto índice de infestação, mas não é o que acontece. “Em 2011, dos sete bairros que ficaram classificados como baixo risco, somente o bairro Farolândia permaneceu assim durante os seis ciclos, ou seja, durante todo o ano”, esclarece a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue.

Do outro lado, está o bairro 18 do Forte, que durante o ano de 2011 ficou com a média de 3,3% de infestação, sendo o bairro com maior índice. O bairro 18 do Forte é o mesmo que durante os meses de maio e junho do ano passado atingiu o maior índice do ano em toda a cidade de Aracaju: 8,1%.

“Essa comparação desmistifica a ideia que as pessoas têm de que quanto mais canal há em um bairro, maior será o índice de infestação da dengue. Reforçamos que esgoto não é um ambiente propício para o foco do Aedes aegypti, já que o mosquito precisa de água limpa e os canais e esgotos não oferecem essas condições”, orienta Taíse Cavalcante.

Esse quadro revela a necessidade das pessoas colaborarem diariamente com esse controle. “Não adianta cuidar um dia e descuidar no outro porque o mosquito não agenda a visita. E o último alerta para a necessidade dessa parceria foi registrado no último LIRAa, quando 100% dos focos foram encontrados dentro das casas, sendo que mais de 81% em lavanderias e reservatórios de água”, conclui a coordenadora.

 

 

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