Clandestinos provocam evasão de receita do transporte público
Fiscalização da SMTT é insuficiente contra transporte irregular Cotidiano 17/03/2012 14h09Por Márcio Rocha
Lamentação constante das empresas de ônibus, o transporte clandestino continua sendo uma realidade em vários bairros de Aracaju. Na manhã desta quinta-feira, a reportagem do F5 News esteve nas avenidas Beira-Mar e Heráclito Rollemberg, pontos de alto fluxo dos clandestinos, e constatou a realidade. Os clandestinos fazem linhas para os bairros Coroa do Meio e Santa Maria.
Os clandestinos passam pelos pontos de ônibus e buzinam, fazem jogo de luz, até mesmo param nos pontos, perguntando às pessoas que aguardam o transporte coletivo para qual bairro vão e cobrando valores entre R$ 2,50 e R$ 3,00 pelo transporte.
Não apenas os ônibus são prejudicados, os taxistas também sofrem com esse problema, pois, na zona Norte de Aracaju, a concorrência clandestina é ainda maior. Taxistas das cidades de Barra dos Coqueiros e Nossa Senhora do Socorro estão circulando pegando passageiros de Aracaju nos corredores de fluxo e levando até o centro da cidade.
De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (SETRANSP), José Carlos Amâncio, os clandestinos são parte do problema do transporte de passageiros de Aracaju. Sua atuação provoca danos às empresas e ao cidadão, que tem que arcar com o custo do transporte.
“Essas pessoas fazem um transporte totalmente ilegal, tirando passageiros do sistema de transporte, prejudicando as empresas. O preço da passagem é diretamente atingido pela atuação dos clandestinos, pois a passagem é calculada na relação custo X passageiro, quanto menos tiver, mais cara fica a tarifa. Mesmo perdendo passageiros, temos que manter a mesma escala de trabalho, com menos passageiros, maior é o custo da tarifa, pois há aumento de custos”, disse o presidente.
"O número de veículos em circulação não diminui, pois há uma ação normativa da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), que determina a quantidade de ônibus circulando. Esse número não diminui, em nenhuma hipótese. Todavia, os investimentos nas empresas não podem ser feitos em maior quantidade, havendo a evasão de receita do transporte público, o que impede que sejam comprados novos ônibus para diminuir os problemas do transporte público em si."
Para o ex-presidente do Sindicato dos Taxistas de Sergipe, Luiz da Cunha, o problema está nos motoristas de placa cinza. Segundo ele, a fiscalização da SMTT é insuficiente para coibir a ação dos clandestinos em todos os pontos de Aracaju.
“Os carros de placa cinza são uma verdadeira praga. Por todos os lados da cidade, sempre tem alguém fazendo transporte irregular. Os piores clandestinos são os próprios motoristas de carro particular de Aracaju. Outro problema são os taxistas bandeira de São Cristóvão, que ferem não apenas o serviço de lotação de lá, como todo o transporte de Aracaju. Os taxistas da Barra dos Coqueiros também avacalham com nosso sistema. As SMTT das duas cidades não fazem absolutamente nada”, reclamou o taxista.
O trabalho da SMTT de Aracaju é incipiente contra os clandestinos, que se aglomeram nos mercados municipais fazendo filas com seus carros para coletar passageiros, fazendo o transporte irregular. Não há fiscalização suficiente para combater os motoristas de placas cinza. Segundo taxistas de lotação do Centro de Aracaju, são poucos agentes para tentar coibir a ação dos clandestinos.
Organização sistematizada, esta é uma das principais características do transporte clandestino dos motoristas do bairro Coroa do Meio. Os praticantes do transporte irregular chegaram ao ponto de alugar um terreno na rua Aloísio Campos, onde mantém seus carros estacionados e saem em horários estabelecidos.
A reportagem do F5 News tentou entrar em contato com a SMTT de Aracaju para saber detalhes do trabalho de combate aos clandestinos, contudo não obteve retorno.
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