Bronquiolite: conheça os sintomas e como fazer o tratamento | F5 News - Sergipe Atualizado

Saúde
Bronquiolite: conheça os sintomas e como fazer o tratamento
Maior incidência da doença em crianças superlota hospitais de Aracaju
Cotidiano | Por F5News 25/05/2024 08h00


Várias unidades hospitalares em Aracaju enfrentam nos últimos dias um quadro de superlotação na pediatria por conta do alto número de crianças com diagnóstico de bronquiolite. A inflamação dos bronquíolos (parte final dos brônquios) atinge principalmente os bebês menores de dois anos e é mais comum neste período do ano, em que outras síndromes respiratórias também registram maior incidência.

O F5News mostrou ao longo da semana a busca de pais por vagas de atendimento pediátrico para seus filhos e também a fila de espera por vagas em UTIs pediátricas na rede pública da capital sergipana. As autoridades de saúde do Estado estimam que esse período de sazonalidade das síndromes gripais persista até meados de agosto, mas há dificuldades para ampliar a capacidade de atendimento na rede pública.

Nos primeiros anos de vida, o sistema imunológico ainda é imaturo, o que torna as crianças mais suscetíveis ao vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador da doença. Além dele, o adenovírus, o parainfluenza, o vírus influenza, o rinovírus, o bocavírus e o metapneumovírus também são transmissores.
A principal forma de contaminação é por meio de secreções respiratórias e por contato, ou seja, crianças que passam o dia em locais fechados com outras pessoas, como creches, estão mais propensas à infecção.

Os sintomas iniciais são bem parecidos com os do resfriado: tosse, obstrução nasal, coriza e às vezes chiado no peito. “Os sinais e sintomas da bronquiolite se assemelham a uma crise de asma ou bronquite e duram aproximadamente de 3 a 15 dias. Dificuldade para respirar e falta de ar indicam gravidade”, alerta o pediatra Márcio Nehab, infectologista do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) 

Não existe tratamento para a bronquiolite, sendo possível realizar apenas tratamentos sintomáticos. “A grande maioria das crianças que têm um quadro de bronquiolite nem chegam à emergência e, daquelas que procuram, uma pequena quantidade precisa ser internada”, explica Márcio Nehab.

Em casos mais leves, em que não há desconforto respiratório (tosse com chiado ou falta de ar), é possível cuidar da criança em casa, controlando a febre e mantendo-a sempre hidratada e alimentada.

A internação somente se faz necessária quando a criança precisa de cuidados mais específicos no hospital. “A principal indicação é a baixa oxigenação no sangue, o que a leva a precisar de tratamento com oxigênio. Além disso, há casos em que o paciente irá precisar se alimentar via sondas nasogastricas (inserção da sonda pelo nariz, descendo até o estômago) ou nasojejunais (inserção da sonda pelo nariz, descendo até o intestino) ou hidratação com soro por via venosa. Em casos mais graves, o bebê pode precisar de ventiladores mecânicos não invasivos ou invasivos para que o desconforto seja atenuado”, esclareceu o pediatra infectologista.

Cuidados preventivos 

As variações nas temperaturas climáticas contribuem para o aumento da incidência de doenças respiratórias, como rinite, sinusite, gripes e resfriados, além de infecções respiratórias, principalmente em crianças e idosos.

Segundo a médica infectologista da SMS, Fabrízia Tavares, é de extrema importância que as pessoas continuem se imunizando e atualizando seu cartão vacinal, tanto para a covid-19, quanto para a influenza.

“Com maior cobertura vacinal, minimizamos os riscos de casos mais graves e, consequentemente, haverá uma redução da carga viral, prevenindo o surgimento de complicações decorrentes da doença e a diminuição da sobrecarga nos serviços de saúde. Já foi comprovado que a vacinação em massa, baixa significativamente o número de casos graves, principalmente nas crianças e idosos", ressalta a médica.

Fabrízia reforça ainda que os hábitos de etiqueta respiratória utilizados em relação à covid-19, também valem para prevenir as doenças que mais incidem nesta sazonalidade, “a exemplo da proteção, com o braço, quando for tossir ou espirrar, e a higienização das mãos com água e sabão ou álcool. Destaco, destaco, que a lavagem das mãos e o uso de máscara continuam sendo os mais importantes. Por isso, devemos estabelecer medidas que fortaleçam essas práticas de higiene é um papel fundamental para o combate aos vírus”, orienta a infectologista.
 

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