Atestado de óbito de jovem indica traumatismo craniano e ferimentos
Pai esteve na AL para falar com Comissão de Direitos Humanos Cotidiano 26/03/2012 16h51Por Silvio Oliveira
O locutor Rosinaldo Araújo Almeida esteve nesta segunda-feira (26), na Assembleia Legislativa para pedir a Comissão de Direitos Humanos que continue motivada a encontrar os verdadeiros culpados pela morte do filho, Jonatha Carvalho dos Anjos, 16, encontrado 12 dias depois de uma suposta operação policial em uma estrada do município de Neópolis (SE).
Os deputados prometeram ficar atentos quanto ao desenrolar do caso e disseram aguardar justiça. “A sociedade quer saber da Secretaria de Segurança Pública uma declaração de como aconteceu esta morte. O governo tem que se posicionar”, ressaltou Venâncio Fonseca, presidente da Comissão.
Para ele, a SSP tem que dar uma explicação, já que há indícios de que não houve tiroteio, o corpo do adolescente foi encontrado com sintomas de morte com requintes de crueldade e se suspeita que foi cometido por policiais.
Atestado de óbito
Rosinaldo Araujo mostrou o atestado de óbito do filho, apontado que a causa morte foi traumatismo craniano e ferimentos por projéteis de arma de fogo, segundo ele, projetado à queima roupa. “Eu mesmo fiz o reconhecimento do corpo. Dos quatro, o mais que sofreu foi meu filho. Fiz questão de falar com a doutora que fez a perícia. Traumatismo craniano proveniente de uma pancada forte na cabeça, em seguida, levou um tiro a queima roupa na testa e tocaram fogo. Chocante para um pai”, emocionou-se.
O pai do jovem morto ainda informou que a primeira etapa foi concluída, quando encontrou o corpo do garoto, mas, segundo Araújo, os policiais militares envolvidos na operação queriam um álibi para dizer que meu filho dele era marginal. “Criaram uma história de moto. Meu filho estava dentro do veículo. Depois que eles fizeram a besteira, tentaram ocultar o corpo. Venho viajando a região durante 12 dias. Não achávamos nada. Faço um manifesto na sexta-feira, na frente da Secretaria de Segurança e no sábado o corpo me aparece, do nada, a 20 metros de uma rodovia estadual”, desconfiou.
Rosinaldo Araújo disse confiar muito nas investigações da delegada Katarina Feitoza e do coronel Maurício Iunes e que só sossegará quando os culpados forem punidos. “Eles não foram para prender, foram para cometer uma chacina. Tenho certeza que foram eles. Não vou dizer que foram policiais, porque a maioria deles estão para cumprir a disciplina e a ordem, mas esses não são policiais”, argumentou.
O presidente da Associação dos Militares de Sergipe (Amese), sargento Edgar Menezes, disse ser prematuro dizer alguma coisa sobre os culpados, mas destacou que o pai do jovem morto está com razão quando quer justiça. “Esperamos que apareça esta moto com outra pessoa. São coisas que podem culminar em fatos diferentes. Mas se for comprovado, as pessoas que erram tem que pagar de acordo com o erro. Não podemos generalizar que a polícia fez isso ou aquilo. Queremos que apareça a verdade. É momento de traquilidade, de investigação a fundo”,
O corpo do jovem foi encontrado na tarde de sábado, 24, numa estrada do município de Neópolis (SE). O sepultamento ocorreu no mesmo dia na cidade de Santa Rosa de Lima em meio a uma multidão.
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