Assaltos a ônibus são facilitados pelas próprias empresas
Passageiros e rodoviários querem segurança, segundo líder classista Cotidiano 14/11/2011 14h44
Por Márcio Rocha
A região metropolitana de Aracaju continua com um problema recorrente há muitos anos: os assaltos a ônibus. Diariamente, são assaltados passageiros, motoristas e cobradores em vários pontos da cidade. Nos terminais de integração do transporte público de Aracaju, lanceiros agem livremente batendo carteiras e roubando bolsas de usuários. O clima é de terror entre os passageiros.
Para Adriano Oliveira, representante classista dos rodoviários, não são adotadas medidas de proteção para essa categoria e nem para os passageiros. “As empresas e a SMTT poderiam trabalhar com o uso de câmeras de segurança e colocar guardas municipais nos terminais de ônibus. Lá, dezenas de pessoas são vítimas de furto diariamente. Se houvesse monitoramento dos terminais, o índice de furtos contra os passageiros seria muito menor. Precisamos de mais seguranças nos terminais de integração”, reclamou Adriano ao F5 News.
Os veículos do transporte coletivo, em sua maioria, estão equipados com sistemas de monitoramento por câmeras de vídeo em seu trajeto. Contudo, os assaltos continuam acontecendo e os equipamentos filmográficos não inibem a ação dos marginais.
As próprias empresas do transporte coletivo facilitam os assaltos, de acordo com Adriano, a partir do momento em que direcionam as câmeras para as gavetas dos veículos, com a suspeita de evasão de receita pelos funcionários. “As câmeras não dão segurança nenhuma para os passageiros e os rodoviários. Servem para fiscalizar os funcionários, para saber se estão colocando passageiros sem pagar pela porta traseira, ou para conferir a arrecadação, não servem pra mais nada”, comentou o representante da classe.
Funcionários que sofreram até quatro assaltos são mantidos na mesma linha e isso deixa os profissionais apreensivos. Segundo um motorista ouvido pelo F5 News, o temor é dar de cara com o assaltante novamente, pois eles sempre agem nos mesmos lugares.
“Eu vivo com medo, foram quatro assaltos até me transferirem de linha, e o medo de encontrar o ladrão era constante. Mesmo assim ainda tenho problema e trauma. Só que este é meu ganha-pão, se eu não trabalhar, como vou viver? Tenho que correr o risco todos os dias. Ser motorista de ônibus é colocar a vida em risco todos os dias. Graças a Deus que ninguém morreu, mas trabalhamos com muito medo”, disse o motorista que foi assaltado quatro vezes na linha Santa Maria / Mercado.
Os assaltos a ônibus diminuíram em cerca de 25% em relação a 2010. De acordo com o delegado José Inefânio, coordenador da Divisão de Repressão de Roubo a Ônibus, os assaltos estão sendo monitorados e as incidências mapeadas. Vários assaltantes já foram presos e outros, segundo ele, estão em processos de investigação, feitos com base em informações das vítimas.
Mais de 50 pessoas apresentaram sintomas gastrointestinais após refeição
Ele já tinha histórico de agressões contra familiares, afirma mãe do preso
Edição de 2024 avaliará apenas cursos de licenciatura
Vagas estão disponíveis nas modalidades presencial e online
Secretaria de Saúde alerta sobre a importância da vacinação