Artesãos criticam novo espaço para suas vendas na Orla
Cotidiano 14/02/2012 17h58Por Fernanda Araujo
Artesãos que comercializam suas peças na orla de Atalaia, litoral de Sergipe, reclamam do novo espaço instalado pela Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur). As barracas foram transportadas do Centro de Arte e Cultura para o fundo da Quadra de Skate, onde 117 lojas estão espalhadas pelo local. Os comerciantes aproveitaram a audiência no Ministério Público Estadual, que teve o objetivo de regularizar cláusulas do estatuto da Associação dos Feirantes da Orla de Atalaia (Afavoa), para discutir os problemas que circundam a comercialização.
De acordo com o feirante Richard Benjamim (foto ao lado), há cinco meses as vendas caíram 80% desde a saída deles para o novo espaço. “Eu passei três dias sem
vender nenhum centavo no MotoCross em setembro, porque fecharam todo o acesso. Nem a CPTran deixava a gente entrar e nem o pessoal do MotoCross. Há cinco meses que nós estamos lá e as vendas estão muito fracas. Além disso, a Emsetur disse que ia retirar os feirantes informais das calçadas que atrapalham a nossa venda e até hoje não cumpriu, sem contar as pessoas que fazem uso de entorpecentes por perto e ninguém toma providência. A gente tem que trabalhar em um lugar no mínimo de dignidade”, critica.Por conta do baixo movimento de turistas no local e pouca estrutura, segundo ele, os artesãos vêm sendo prejudicados. “Sou contra a mudança dessa feira para lá. Corremos o risco até de ser assaltados. A maioria que aceitou ir para lá não está satisfeita, só que a Diretoria da Associação não quer admitir. Um negócio feito de plástico é bom? Não vejo futuro ali, tem problema com a proximidade do mar, a velocidade do vento, a maresia, areia. Os turistas querem comodidade e local de fácil acessibilidade. Ao invés das autoridades buscarem soluções, eles só dificultam”.
Para a presidente da Afavoa, Irleide Alves, os responsáveis pela baixa venda são os próprios artesãos. “Como sempre tem alguns que estão reclamando que as vendas no novo espaço caíram, mas eles mesmos estão prejudicando porque têm espaço pronto na Passarela do Artesão e fecham esses espaços para irem à calçada, se tornando concorrentes deles mesmos”, acusa ela.
“As vendas estão caindo porque existe uma feira paralela que está sendo formada pela maioria dos associados. São 117 lojas, mais ou menos 40 delas vão se juntar aos vendedores ambulantes da Orla", reafirma. Irleide lembra que as vendas devem acontecer no local regularizado e autorizado pela Emsetur, órgão que, segundo ela, já está ciente, desde a última audiência a respeito do assunto, sobre a invasão dos ambulantes na calçada.
Uma nova audiência foi marcada para o dia 28 do corrente mês no MPE com a presença da Associação dos Vendedores dos Lagos da Orla e Praças de Evento da Praia de Atalaia Avelopa e da Afavoa.
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