Arquidiocese deverá averiguar declarações do padre José Américo
Disse ele que é melhor ser "corno" do que prefeito ou vereador Cotidiano 19/10/2011 12h12Por Fernanda Araujo
Após declarações do padre José Américo, da Paróquia de São Francisco no município de Macambira (SE), em entrevista a um programa de rádio local na última terça-feira (18), a Arquidiocese de Aracaju vai analisar a atitude do padre e tomar providências.
O caso teve repercussão quando o padre José Américo, que recebeu o título de ‘Cidadão de Macambira’, falou no programa que é melhor ser ‘corno’ do que ser prefeito e vereador, além de preferir morrer a ter que entrar para a política. A afirmativa também causou polêmica com o vereador itabaianense Zé Teles (PSB), que exigiu desculpas no programa.
As declarações do padre foram feitas logo depois que o vereador do município José Francisco (PSD) orientou o líder religioso a cuidar dos fiéis e esquecer os políticos locais. Além disso, o parlamentar acusou o sacerdote de falar em público em seus sermões que ele e o genro são ‘velhacos’ por não terem pagado a dívida de uma novilha a José Américo. A dívida foi causada por uma aposta entre o padre e o genro do vereador perante um jogo de futebol.
Em esclarecimento, José Américo afirmou que a sua declaração é um dito popular usado por muitos. “Usei não para criar polêmica. Mas, infelizmente, tem alguém que gosta de se aproveitar disso. A minha intenção não é falar de A ou B. Sempre respeitei a classe política. Não há problema entre os vereadores e eu, senão eu não teria recebido o título de cidadão de Macambira”, lembrou.
Sobre a dívida cobrada, o padre declarou que a aposta foi feita com o genro de José Francisco e que, portanto, nunca havia dito que o vereador devia a alguém. Arrependido, José Américo capitulou. “Aos ofendidos peço perdão e, se quiserem, até me ajoelho. Foi uma hora infeliz e tenho respeito pelos políticos sérios e honestos”.
Em contato com a Arquidiocese, o assessor de comunicação Edmilson Brito informou que o bispo Dom Henrique Soares irá averiguar a declaração em uma reunião que ainda deverá ser marcada com o padre. “Primeiro vai ouvir o lado dele, para saber o que realmente houve e depois tomar uma decisão”, esclareceu.
Segundo Brito, qualquer que seja a represália ao padre não chegará a um ponto extremo. “Não há motivos para expulsão porque às vezes as pessoas falam precipitadamente em seus pronunciamentos. Além disso, ele pediu perdão publicamente na imprensa”.
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