Afrodescendentes são homenageados na Assembleia Legislativa
Cotidiano 17/11/2011 15h41Por Fernanda Araujo
Em reconhecimento ao Ano Internacional Afro Descendente e ao Dia da Consciência Negra, comemorado dia 20 de novembro, a Assembleia Legislativa de Sergipe realizou nessa quinta-feira (17) a entrega do prêmio ‘Abdias Nascimento’, uma homenagem ao povo negro brasileiro que dedicou sua vida à igualdade racial.
O plenário esteve lotado pelos representantes da cultura afro, que foram assistir a outorga do prêmio, idealizado pela deputada estadual Conceição Vieira (PT). A medalha de reconhecimento foi entregue a 50 pessoas, entre elas, a juíza de Salvador (BA) Luislinda Valois, mãe do promotor de Justiça em Sergipe Luis Fausto Dias Valois, e Heraldo Alves, representante da Casa do Axé de Tonho Mutalambô do Estado de Sergipe.
“É a primeira vez que eu estou recebendo essa premiação aqui em Aracaju e eu estou muito feliz porque, para mim, esse estado é a casa que acolheu o meu filho. E isso só me envaidece em estar aqui em Aracaju. Acredito que isso é um reconhecimento do meu trabalho, mas eu não faço nada além da minha obrigação. Eu acho que quando nós nascemos temos uma missão a ser cumprida e eu levo o meu trabalho com toda seriedade possível. Dedico a minha vida 100% ao trabalho da justiça, aos pretos, pobres e periféricos”, disse Luislinda.
Sobre o preconceito, a juíza retrata a realidade. “O racismo e o preconceito ainda estão aí. Agora de uma forma mais moderna, porém ainda persiste muito. Nós temos muito que caminhar e muito que lutar. O racismo, como eu sempre digo, mata a alma e destrói o físico. O que deve ser feito primeiro é melhorar a cabeça das pessoas e levar para esses excluídos e oprimidos - lésbicas, negros, índios, ciganos - a oportunidade de ter uma educação de qualidade.”
Heraldo Alves afirma que a premiação “é um orgulho muito grande. Uma homenagem a uma pessoa que foi muito conhecida na política e na religião. É um reconhecimento para a sociedade.”
Escritor, político e poeta, Abdias Nascimento foi considerado um dos maiores ativistas pelos direitos humanos e pelo povo afro descendente no Brasil. Nascido em Franca (SP) em 1914, atuou no movimento social afro-brasileiro desde a década de 1920, quando protestou contra a exclusão de negros da Guarda Municipal de São Paulo. Participou da Frente Negra Brasileira nos anos 1930 e ajudou a organizar o Congresso Afro-Campineiro em 1938.
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