Ações de combate a assaltos em ônibus geram pouco efeito
Informações baseadas em boletins de ocorrência registram leve queda Cotidiano 19/10/2011 17h02
Por Marcos Rodrigues
Dados da assessoria de comunicação do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) demonstram apenas quatro assaltos a menos entre janeiro e setembro deste ano, se comparado com o mesmo período do ano passado. Os dados, baseados nos boletins de ocorrência na grande Aracaju, registram 286 assaltos em 2010 contra 282 este ano, o equivalente a 0,014%.
De acordo com a SSP, há desde 2008 uma divisão específica para combate aos assaltos a ônibus, a Divisão de Repressão a Roubo a Ônibus, ligada à Coordenadoria de Polícia Civil da Capital (Copcal), “que trata especificamente de crimes contra o transporte coletivo”. A unidade, composta de delegado, escrivães e agentes de polícia Civil, realiza diariamente atividades de investigação, identificação de suspeitos e cumprimento de mandados de prisão.
A SSP ainda expõe que os policiais têm um canal de comunicação com funcionários de empresas de ônibus e com o Setransp, onde diariamente são repassadas à polícia informações sobre as linhas de maior vulnerabilidade. O Sindicato também fornece, através de algumas empresas, imagens do circuito de TV dos veículos quando acontecem crimes.
Na Polícia Militar também há um setor que trata desse tipo de crime, sob a coordenação de um oficial. Além do policiamento ostensivo diário nas ruas, através de unidades como a Companha de Radiopatrulha, a PM promove a operação 'Boa Noite Trabalhador', em que policiais militares da Companhia de Policiamento de Trânsito (Cptran) realizam abordagens em ônibus de linhas de maior incidência de roubos. Além disso, existe uma comunicação diária entre as polícias Civil e Militar, explica a ASCOM da SSP.
Relação funcionário/empresa
Em conversa com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte (Sintra), Miguel Belarmino, ele avaliou que a assistência e acompanhamento do funcionário vítima de assalto é deficiente. Ele afirma que “tem empresa com a cara-de-pau de colocar na mesma linha e horário o cobrador que é assaltado” e ainda que “há funcionários que já foram assaltados cinco vezes”. Segundo Miguel, alguns pedem para mudar de horário e até sair da empresa, em virtude dos traumas e que, muitas vezes, o “sindicato tem que intervir na empresa para a transferência do funcionário".
Em contrapartida, Miguel explica que “algumas empresas encaminham assistentes sociais para ver como o funcionário e sua família estão”. “Hoje temos plano de saúde integral, disponibilizado pelas empresas através de acordo coletivo em 2011”, diz ele, informando que alguns funcionários utilizam-se do plano para o tratamento.
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