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Setembro Verde: A importância da doação de órgãos e a luta contra o tabu
A doação de órgãos pode ser feita por doadores vivos ou falecidos
Blogs e Colunas | Saúde em Dia 16/09/2024 21h08 - Atualizado em 16/09/2024 21h14

A doação de órgãos e tecidos continua sendo um assunto delicado e cercado de tabus na sociedade brasileira. Mitos como a deformação do corpo após a doação, proibições religiosas e a ideia equivocada de que os órgãos podem ser vendidos, dificultam o processo de conscientização e sensibilização da população. No entanto, campanhas como o Setembro Verde buscam derrubar essas barreiras e promover uma cultura de doação que pode salvar inúmeras vidas.

Este ano, o Setembro Verde traz o tema “Seja o sim na vida de alguém! Diga sim à doação de órgãos e tecidos” e tem como objetivo principal sensibilizar a sociedade sobre a importância de comunicar a vontade de ser doador aos familiares. Um exemplo do impacto dessa ação é a história de Jamile Aguiar, professora que passou por um transplante de rim em 2023 e hoje é voluntária no Instituto Doar-se, entidade que promove a educação e a cultura da doação.

Em 2019, Jamile foi diagnosticada com insuficiência renal e passou quatro anos na fila de espera por um rim. Durante esse tempo, recebeu algumas ligações, mas os órgãos oferecidos não eram compatíveis. Sua vida mudou quando sua irmã se tornou sua doadora viva, permitindo que Jamile se libertasse das sessões de hemodiálise e recuperasse sua qualidade de vida.

“A doação transformou minha vida. Hoje posso fazer coisas simples, como beber água e ir ao banheiro, o que antes era impossível”, relatou Jamile, destacando que, mesmo após o transplante, o acompanhamento médico é constante para garantir que o processo pós-transplante ocorra da melhor maneira possível.

 

critérios para uma pessoa ser doadora de órgãos

 

A doação de órgãos pode ser feita por doadores vivos ou falecidos. O coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, Benito Oliveira Fernandez, explica que o doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado ou medula óssea, desde que tenha boa saúde e seja compatível com o receptor. No caso de doadores falecidos, os órgãos como coração, pulmão, fígado e rins podem ser doados, desde que o paciente tenha tido morte encefálica e que os órgãos estejam em boas condições.

 

A legislação brasileira garante que, para a doação de órgãos após a morte, a autorização deve ser dada pelo cônjuge ou parentes de até segundo grau. Por isso, é fundamental que as pessoas expressem o desejo de serem doadoras em vida para que a família possa respeitar essa decisão no momento necessário. A captação dos órgãos é feita em um centro cirúrgico e a Central de Transplantes é responsável por garantir que os órgãos sejam distribuídos conforme a compatibilidade com os pacientes da fila de transplantes.

 

Em Sergipe, há atualmente uma lista de espera de 262 pessoas aguardando por transplante de córnea, com um tempo médio de espera de 24 meses. Fernandez explica que o Hospital Universitário de Aracaju já realiza transplantes de rim com doadores vivos e que o Hospital de Cirurgia em breve começará a realizar transplantes de rim e fígado, conforme for incluído no contrato com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

 

Para aqueles que desejam saber mais sobre o processo de doação e transplante, é possível agendar palestras educativas por meio do telefone (79) 3198-4242 ou pelo e-mail central.transplante@gmail.com. Além disso, a Central de Transplantes de Sergipe também está presente nas redes sociais pelo Instagram @transplantesergipe, onde compartilha informações importantes e atualizações sobre o tema.

 

 

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André Carvalho é jornalista há mais de 20 anos. Formado pela Universidade Tiradentes (Unit), possui especialização em Marketing pela Faculdade de Negócios de Sergipe (Fanese). Foi apresentador de programa de rádio e televisão, e atuou como assessor de comunicação de vários órgãos públicos e secretarias municipais e estaduais. Atualmente, é editor do Caderno Saúde em Dia.

E-mail: jornalistaandrecarvalho@gmail.com

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