Meu segundo cruzeiro no Caribe foi pela rota do sul no navio Monarch, da Pulmantuor. Partimos do Panamá, com a primeira parada em Cartagena, na Colômbia, uma cidade muito interessante e com bastante história! O primeiro foi no Caribe Oeste, que já relatei a experiência aqui na coluna. 

Como só tínhamos um dia para conhecer Cartagena, contratamos um taxista que fez um tour que começou com o Castillo de San Filipe, depois fomos conhecer a área de praia da cidade. Ele nos deixou na cidade amuralhada, que concentra hoje os principais pontos turísticos. 

O rei Felipe II mandou construir as Muralhas de Cartagena com 11 km de extensão para proteger a região dos piratas. A muralha só foi concluída em 1796. Dentro da cidade murada, as atrações são todas bem perto e para todo lado que se ande há pontos a serem visitados. Um lugar interessante é a Plaza de Santo Domingo que tem uma escultura de Botero ao ar livre, chamada de Figura Reclinada. No local também tem excelentes opções de restaurantes. 

A parada seguinte foi na Jamaica. Se existe um país onde estereótipos são bem reais, este lugar é a Jamaica. Reggae, rasta, e diversas abordagens para a venda de canabis. É um pouco estranho, mas basta você dizer que não está interessado e seguir em frente. Caminhamos pelo centro da cidade e depois fomos até a praia Doctor’s Cave, que ganhou esse nome nos anos 1920, quando um osteopata britânico visitou o local e afirmou que a água desta praia possuía propriedades medicinais curativas, o que acabou atraindo cada vez mais visitantes.

A parada seguinte foi nas Ilhas Cayman. Assim como em Cartagena e na Jamaica, é preciso escolher o que fazer porque só temos um dia para conhecer a ilha. Então primeiro nós fomos a bela e famosa Seven Miles Beach e depois passeamos pela capital George Town para conhecer um pouco a área urbana da ilha. O casal que viajava com a gente resolveu fazer outro roteiro: visitaram a mundialmente conhecida como Stingray City, a cidade das arraias. É o único lugar do mundo por onde é possível interagir com o instigante animal marinho.

A última parada antes de desembarcarmos no Panamá foi em Puerto Limon, na Costa Rica, que decepcionou um pouco, depois de conhecer tantas praias belíssimas. Na saída do porto passamos por uma feitinha com produtos artesanais, onde é recomendável comprar uma lembrancinha do local. Como a cidade não é muito interessante, resolvemos fazer um passeio de trem pela floresta de mata Atlântica. 

O cruzeiro foi de sete dias e durante dois não tivemos paradas. Ficamos a bordo aproveitando a estrutura. E toda as noites eram muito agradáveis com jantares e programações culturais. Em uma das noites, fui convidada para ser jurada de um concurso de dança e tive que arranhar o espanhol para comentar os passos dos dançarinos. Foi uma experiência divertida!

Panamá

Desembarcamos na costa Atlântica no Panamá e pegamos uma van direto para a costa pacífica que fica a 70 km de distância onde ficaríamos hospedados por quatro dias na capital, a Cidade do Panamá.

Conhecida como Dubai das Américas, tem arranha-ceus à beira mar e é uma ótima opção para quem gosta de jogar e fazer compras. A influência americana está por todos os cantos da capital, é tanto que a moeda que circula no país é o dólar.
Para fazer contraste à moderna cidade, tem o Panamá Viejo, que foi fundada em 1519, mas em 1671 foi ocupada pelos piratas e destruída pelos Espanhóis, Patrimônio Mundial da Unesco. A cidade foi reconstruída a alguns quilômetros adiante, onde hoje fica o Casco Viejo. 

O centro histórico de Casco Viejo é perfeito para uma caminhada por suas ruas de pedra, em meio a edificações centenárias de estilo colonial bem preservadas. No local concentram-se algumas atrações históricas, como a Plaza de La Independencia, a Basilica Santa Maria, a Plaza Bolivar e as ruínas do Convento Santo Domingo.

Não tem como visitar o país e não conhecer o Canal do Panamá. É considerado uma das grandes obras da engenharia e liga os oceanos Atlântico e Pacífico, possibilitando que navios atravessem de um lado para o outro sem a necessidade de realizar um grande deslocamento. No local há um museu onde é possível conhecer um pouco mais sobre a história da sua construção.

Não vá embora da cidade do Panamá sem fim de tarde no bar do terraço da Trump Tower (Sim, o hotel pertence ao presidente dos Estados Unidos), que tem um bar panorâmico no 66º andar com uma belíssima vista da cidade. O ideal é chegar ainda à tarde para apreciar o por do sol e a vista noturna tomando drinks de frutas tropicais ou piñas coladas.

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