Laércio defende que educação é fundamental para combater o crime organizado
Senador esteve em evento que discutiu a relação entre segurança pública e transporte Política 19/02/2025 17h27O senado Laércio Oliveira foi um dos oradores no evento, “O impacto da segurança pública no setor de transporte” realizado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) em Brasília (DF). “Educação e segurança são os dois pontos extremos que precisam se aproximar para termos um país melhor”, disse Laércio, que como 4º secretário, representou o Senado Federal no evento.
O objetivo foi reunir especialistas e representantes do setor para debater os desafios da segurança e seu impacto nas operações de transporte em todos os modais. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski detalhou a proposta da PEC da Segurança Pública e seus efeitos sobre o combate ao crime organizado no país.
Lewandowski destacou que a PEC tem como objetivo constitucionalizar o SUSP (Sistema Único de Segurança Pública), estabelecendo diretrizes gerais para a atuação da União, dos estados e dos municípios. Ele explicou que o primeiro passo é permitir que a União defina diretrizes gerais em matéria de segurança pública e do sistema prisional, sempre em diálogo com os governadores e com a participação do Conselho Nacional de Segurança Pública.
Durante a mesa de abertura, o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, declarou que, do ponto de vista do transportador, o combate ao crime organizado é prioritário. “É ele que causa o grande prejuízo, que pode até inviabilizar o negócio. Esse tipo de crime desafia o Estado e cria espaços de ‘poder paralelo’”, disse.
Para Vander Costa, o gasto desproporcional das empresas com escolta, monitoramento por satélite e treinamento de pessoal deve ser enquadrado como Custo Brasil, uma vez que afeta a eficiência e acaba sendo repassado para o consumidor final.
A ex-senadora Kátia Abreu, atualmente integrante do CNPCP (Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária) levou uma reflexão sobre os desafios do sistema prisional brasileiro, que abriga a terceira maior população carcerária do mundo, com cerca de 700 mil presos, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. “Nós esquecemos que esses presos retornam à sociedade em algum momento. E aí eles retornam mais brutalizados. Por isso, temos de desarmar nosso olhar para a questão”, sublinhou.
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