Sergipe tem quase 170 mil pessoas desempregadas, aponta IBGE
Pesquisa revela que o estado tem a quarta maior taxa de desocupação do país Economia | Por F5 News 19/08/2019 10h00 - Atualizado em 19/08/2019 10h14Cerca de 167 mil sergipanos estão na fila do desemprego. É o que apontam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE. Segundo o levantamento, o estado registrou a quarta maior taxa de desocupação do país (15,3%) no segundo trimestre de 2019, acima da média nacional (12%).
Em relação ao Nordeste, a situação de Sergipe só não é pior do que as dos estados de Bahia e Recife, que ocupam o primeiro e segundo lugares, respectivamente, no ranking das unidades federativas com maiores percentuais de desocupados, cujas taxas ultrapassaram os 16 pontos percentuais.
De acordo com o IBGE, o total de trabalhadores sem carteira assinada no mercado sergipano correspondia a 151 mil de janeiro a junho deste ano, o que representa cerca de 40% do total de empregados do setor privado.
Já o número de sergipanos trabalhando por contra própria é ainda mais desolador. No período analisado, chegou a 284 mil. Já a quantidade de pessoas com a força de trabalho subutilizada no estado alcançou 481 mil.
Em queda
Há uma tendência de redução na taxa de desemprego em quase todo o País, mas ainda puxado pela informalidade ou por um movimento sazonal de recuperação de contratações na passagem do primeiro trimestre para o segundo trimestre, explicou Adriana Beringuy, analista do IBGE.
“A gente sabe que o segundo trimestre de cada ano é momento em que de fato há tendência de queda (na taxa de desemprego), faz parte. Porque você vem de primeiro trimestre, do processo de dispensa de temporários, tem redução no número de pessoas trabalhando. E no segundo trimestre isso tende a ser revertido”, explicou Adriana.
Segundo Adriana, repor o estoque de empregos perdidos durante a crise ainda é um desafio para todo o País, especialmente os postos de trabalho com carteira assinada.
“Todas as regiões registraram aumento na população ocupada no segundo trimestre, mas não necessariamente se reverteram em aumento de carteira assinada. Só em casos pontuais. O substancial, o relevante do aumento da população ocupada foi via emprego sem carteira e conta própria”, apontou.
Adriana lembra que os serviços com menos qualificação são os que vêm absorvendo mais trabalhadores, com rendimento menor, muitas vezes sem carteira de trabalho assinada. Em função da precariedade da inserção desses trabalhadores no mercado de trabalho, o aumento na população ocupada não tem elevado as contribuições previdenciárias.
“Então há espaço muito grande no mercado de trabalho para se reconstruir. Somente com os meses vamos observar se essa melhora quantitativa será de fato acompanhada por ganhos qualitativos no mercado de trabalho”, concluiu Adriana.
*Com informações da Agência Estado.
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