Famílias do Motu aguardam solução
A mando de deputados, movimento invadiu terreno do Sindicato dos Radialistas Cotidiano 18/08/2011 10h01Por Jaime Neto
A situação das 140 famílias do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu), que ocuparam um terreno de propriedade do Sindicato dos Radialistas destinado à construção de um condomínio residencial para comunicadores, localizado no conjunto Marcos Freire II, município de Nossa Senhora do Socorro, parece não ter resolução próxima.
A invasão aconteceu na manhã da última quarta-feira (17), e desde então vem provocando inúmeras manifestações e situações conflituosas entre os componentes do Motu, o Sindicato dos Radialistas e algumas autoridades políticas. O terreno foi cedido pela Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro aos sindicalistas.
“Não sabíamos que aquela área pertence ao Sindicato dos Radialistas. Se ocupamos é porque recebemos a indicação de alguns deputados e da Secretária Articulação Política, que informaram à nossa assessoria jurídica que poderíamos ocupar o local. Queremos solução. Não queremos divergências com os comunicadores. Se montamos acampamento foi com o consentimento dessas pessoas”, disse Marcos Simões, dirigente estadual do Motu.
A ocupação do terreno foi determinada pelo secretário de Articulação Política do governo do Estado, Chico Buchinho (PT), e dos deputados estaduais Zé Franco (PPS) e João Daniel (PT). Em entrevista a uma emissora de rádio, na manhã desta quinta-feira, o presidente do sindicato dos radialistas, Fernando Cabral, foi contundente ao afirmar que já existe um projeto para a construção do residencial.
“Não vamos recuar um milímetro, pois esse terreno é nosso sonho de realizar um projeto para nossos companheiros que ainda não possuem casa própria. Temos todos os documentos que confirmam nosso direito do terreno. Fazemos um alerta ao Governo, pois estimamos que a construção comece em 30 dias.”.
Segundo explicou o deputado João Daniel, a ocupação do terreno pelas famílias do Motu é temporária e não há intenção nenhuma de retirar o terreno da posse do Sindicato. O residencial, que abrigará 124 famílias de radialistas, terá o nome do radialista Laércio Miranda, como forma de homenagem.
Situação constrangedora
Antes de ocupar o terreno dos radialistas, os integrantes do Motu estavam abrigados no Distrito Industrial de Socorro. Segundo explicou Marcos Simões essas pessoas são as mesmas que ocuparam uma área do Conjunto Albano franco, em janeiro deste ano, porém até o momento nenhuma solução definitiva foi indicada pelo poder público.
“Pedimos que seja feito um projeto para abrigar esse pessoal, que vem sendo remanejado de um lugar para o outro sem nenhum planejamento. A situação já está ficando chata. Solicitamos ao poder público uma solução para o nosso caso.”, finalizou o dirigente estadual do Motu.
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