A 2ª Vara Criminal de Aracaju condenou o médico Gilberto Santos a 10 anos, 11 meses e 41 dias de prisão, em regime fechado, pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa durante a sua gestão no Hospital Cirurgia. Da decisão, cabe recurso.

A sentença é um desdobramento da operação Metástase, deflagrada em 2018 para apurar as suspeitas de irregularidades na gestão da unidade filantrópica, que ficou sob intervenção judicial após o afastamento de toda a diretoria administrativa e financeira naquele ano.

Na denúncia, o Ministério Público apontou que o ex-diretor teria utilizado duas construtoras de fachada, sem porte para execução dos serviços contratados, com a finalidade de desviar verbas destinadas ao hospital.

A materialidade dos delitos foi comprovada a partir da quebra do sigilo bancário das empresas, que apontou o pagamento de despesas de serviços para pessoas ligadas ao ex-diretor feitos através das duas construtoras. 

Dos outros cinco réus arrolados no processo, quatro também foram condenados a penas menores.

A defesa do médico Gilberto Santos informou que irá recorrer da decisão em instâncias superiores uma vez que o processo está em trâmite de intimação da decisão.