A Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), está fazendo um levantamento para avaliar a taxa de abstenção dos aracajuanos que receberam a primeira dose e não retornaram para a aplicação da segunda dose da vacina contra a covid-19.
 
Em Aracaju, a imunização contra está sendo feita com a vacina CoronaVac, com prazo entre as doses de 21 dias, e com a AstraZeneca, que tem uma janela de 90 dias entre a primeira e a segunda dose.
 
Segundo a secretária da Saúde, Waneska Barboza, dados preliminares, do prontuário eletrônico, indicam um índice de absenteísmo em torno de 18%. Entretanto, explica ela, esses são números frios, que precisam ser contextualizados.
 
"Nós entendemos que esse percentual não é fidedigno. Há pessoas que tomaram a segunda dose e ainda não foram registradas no prontuário. É possível que existam casos de pessoas que tomaram a primeira dose e foram a óbito, pessoas que mudaram de município”, detalha.
 
Para chegar a um número mais real, a Secretaria da Saúde iniciou uma busca ativa, entrando em contato com todas as pessoas que tomaram a primeira dose e que já estão no período de tomar a segunda, para confirmar se de fato elas não foram se vacinar. “Assim, nós podemos ter um dado mais real e saber os motivos pelos quais essas pessoas não foram receber a segunda dose”, informa a secretária.

Waneska relata que essa busca ativa possibilitou identificar que algumas das pessoas que constam no prontuário como se não tivessem recebido a segunda dose, já haviam se vacinado, faltava apenas cadastrar os dados no sistema. “Isso reforça que esse percentual não é real. Após a finalização desse levantamento, nós vamos poder apresentar esses dados de forma mais correta”, destaca. 

Importância da segunda dose

De acordo com Waneska, é fundamental respeitar os prazos entre as doses, pois só assim a imunização será efetivada. “O esquema vacinal só se completa com as duas doses. A primeira estimula o organismo a iniciar a produção de anticorpos, mas é com a segunda dose que esses anticorpos estarão ativos, permitindo que o organismo se defenda em caso de contaminação”, salienta a secretária.

Waneska informa, ainda, que entre uma dose e outra, é possível ser contaminado. Nesses casos, quando a testagem dá positiva durante o intervalo, é necessário aguardar 30 dias para tomar a segunda dose. “Não precisa iniciar um novo esquema vacinal, basta informar na unidade de vacinação que o atraso se deu devido à contaminação e proceder a aplicação da segunda dose normalmente, completando o esquema vacinal”, explica Waneska.